25 de ago. de 2025
"Mas ninguém faz um telefonema desses ao sete anos. Uma ligação dessas pesa toneladas. Aos sete anos, não contamos que um moço autoritário nos machucou, ficamos com vergonha, nos sentimos sujos, porque não fizemos nada para impedir. Não ousamos chorar no colo da mãe, nos calamos. Todos nós conhecemos vítimas, e também predadores. Apertamos a mão deles, perguntamos como eles estão. O silêncio que cerca os algozes e suas presas é vertiginoso."
4 de ago. de 2025
"Esta era uma das vantagens da solidão: não era necessário buscar simetrias."
6 de jul. de 2025
1 de jul. de 2025
Junho veio com força total e passou feito foguete. Entre trabalhos e bateções de perna, teve livros lidos, livros adquiridos, cineminha com filme muito aguardado, série conforto iniciada e preparativos para alcançar mais um ano que completei uma volta no Sol. Registrei tudo isso no modo shuffle lá no meu canal do Youtube.
E se você ainda não se inscreveu por lá... tá esperando o que?
28 de jun. de 2025
"O mundo tinha decidido que ser forte era sinônimo de ser infalível. Mas todos nós estamos sujeitos a falhar. Os fortes de verdade são aqueles que aceitam isso."
É difícil fazer uma resenha sem rasgar seda quando se trata de minha autora favorita. Eu passo anos esperando pacientemente um lançamento de Taylor Jenkins Reid porque sei que a espera sempre vale a pena - ela nunca me decepciona. E é por isso que ela tem cadeira cativa no meu coração.
Em Atmosfera, TJR nos apresenta para uma protagonista marcante, forte, inspiradora e que está em sua melhor fase da vida profissional - ela está prestes a se tornar uma astronauta. E no meio dessa realização de sonho, ela se depara com uma nova descoberta sobre sua própria vida.
"Durante todo esse tempo observando as pessoas, nunca tinha percebido essa parte do amor, em que a outra pessoa olhava para você como se fosse o centro de tudo. E, apesar de saber que não era o caso, você se permitia por um momento acreditar que também merecia que tudo girasse ao seu redor."
Encontrar um amor em uma época em que as mulheres tinham que lutar para serem respeitadas, fora dos padrões que a sociedade julga como “certos”, é uma sensação agridoce. E a forma como a autora encontrou para descrever toda essa trajetória, com riqueza de detalhes no campo profissional de Joan, foi enriquecedor para o livro, pois pelo menos em minha experiência como leitora, me despertou uma empatia absurda. Eu queria abraçar alguns dos personagens.
Eu amo a forma como Taylor nos conta uma história de maneira afunilada, porque no momento em que essas duas linhas do tempo se encontram, é sempre algo que nos arranca suspiros. Aqui ela me arrancou lágrimas.
E que final de livro foi esse? Consegui visualizar tudinho em minha mente tudo o que foi narrado, como se fosse um filme. O ruim dos livros da TJR, infelizmente, é que eles acabam. Aí só nos resta nos encher de paciência novamente para esperar uma nova história incrível dessa maravilhosa.
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13 de jun. de 2025
“O extraordinário se esconde no ordinário”
Quero começar esta resenha com essas aspas porque ela representa com maestria todas as histórias de Virginie Grimaldi. "As pequenas alegrias" era o último livro que faltava ler da autora, e não me canso de panfletar o trabalho dessa mulher a cada obra que termino. Nós somos presenteados com histórias tão aconchegantes, tão reais, escritas de uma maneira tão leve que dá vontade de morar em seus livros.
Diferente dos demais livros de Virginie, achei que "As pequenas alegrias" foi o único que fugiu um pouco das configurações habituais de histórias dela, mas não posso elaborar muito sobre isso para não dar spoiler. Mas enquanto nos outros esperamos por pequenas surpresas aqui e ali até o desfecho do livro, neste temos uma pequena surpresa contada de uma forma um pouco diferente, mas que não deixa de surpreender e aquecer o coração mais peludo que seja.
“A maternidade restabeleceu em mim o que a infância havia perdido.”
Lili e Élise são responsáveis em trazer a nossa leitura essa atmosfera maternal que marca presença a cada capítulo. De um lado, uma mãe de primeira viagem, mãe de um bebê prematuro, que está conhecendo um lado da vida que ela jamais visitara. E em meio a sua bagagem de vida, a um luto ainda não superado e ter que lidar com sogros intrometidos e despeitosos, ela encontra na luta pela sobrevivência da filha uma inspiração e força que ela até então desconhecia.
Já do outro lado temos uma mãe prestes a completar 50 anos, que vive seus primeiros dias de solidão após seu filho mais novo sair de casa para estudar na capital. A adaptação a sua nova vida, cheia de liberdade a qual ela nem almejava tanto assim, a faz refletir sobre como sua vida foi condicionada a ser mãe integralmente, sem nem perceber. Para ela, era como reaprender a andar sem onde se apoiar, mas nessa caminhada ela encontrou uma forma de doar este amor que a transbordava a quem precisava: ser voluntária no hospital onde a filha de Lili nasceu.
E a nossa experiência de histórias intercaladas a cada capítulo dessas mães nos apresenta a versões da maternidade que podem ser fases, podem ser sentimentos, podem ser bagagens, podem ser ensinamentos e podem ser o fortalecimento de laços eternos, que emocionam até mesmo quem não sonha com a maternidade como eu.
Obrigada, Virginie.
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Outras obras da autora que resenhei: