Uma casa de férias, memórias de infância e segredos revelados. Uma vida bela é uma leitura imperdível para quem valoriza as complexidades das relações entre irmãs e irmãos.
Emma e Agathe Delorme são irmãs que, apesar de terem crescido juntas, seguiram caminhos muito diferentes. Após cinco anos sem contato, elas se reencontram na casa de férias da família para lidar com os pertences de Mima, a avó querida que faleceu. Durante uma semana, entre risos e lágrimas, as irmãs confrontam memórias de infância, desentendimentos passados e segredos familiares, buscando reconstruir os laços que as uniam. Ambientado no pitoresco cenário do País Basco durante o verão, Uma vida bela é uma narrativa tocante sobre a força dos vínculos familiares e a possibilidade de redenção.
Sinopse da editora
“Ao que tudo indica, não temos mais 15 anos. Meu maiô tentou me fazer uma colonoscopia”
Eu não me canso de elogiar Virginie Grimaldi desde o primeiro livro que li dela. Acho tão maravilhosa a forma que ela conta uma história, como ela constrói seus personagens e como ela adiciona uma leveza ímpar em cada um de seus livros, principalmente para apresentar, muitas vezes, assuntos tão sérios e pesados. É assim que ela nos leva a reflexão de uma maneira indescritível.
Neste livro não foi diferente. A cada página vamos sendo apresentados de forma homeopática à historia de Emma e Agathe, duas irmãs que sempre foram muito unidas, mas que por um momento, a distância entre elas se fez presente no relacionamento. Após a morte da avó, elas decidem se encontrar na casa onde os melhores momentos delas marcaram suas vidas, e a reaproximação é inevitável. Em todo livro, a Virginie nos traz um elemento surpresa que em nenhum momento desconfiamos de nada, mas neste livro precisamente, esse elemento funcionou como um soco no estômago para mim. Terminei o livro aos prantos.
No mais, falar sobre o quanto amo as histórias dessa autora será chover no molhado. A cada livro me sinto mais apaixonada pelo trabalho da autora. Se tornou minha autora conforto.
Este foi meu trecho preferido do livro:
“Vou responder porque você é minha irmã, mas preciso confessar: acho um saco ter de me justificar. As mulheres não podem dizer que não querem ter filhos sem ter de explicar essa escolha. Não necessariamente preciso de um motivo! Eu só não quero. Não me interessa. Nunca fiquei encantada com um bebê, nunca sonhei em ter uma família grande, esse tipo de coisa. Além disso, pra ser sincera, não tenho certeza se quero trazer alguém para este mundo. Quero dizer, com o clima, com as guerras, a violência, a pobreza, os vírus e tudo mais, se eu tivesse tido escolha, acho que não teria passado a minha cabeça pelo buraco.”
Outras obras da autora que já li e resenhei:
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