24 de abr. de 2024

 



Anthony Peardew é o guardião das coisas perdidas. Quarenta anos atrás, em um descuido, ele perdeu um presente de sua amada noiva, Therese. Naquele mesmo dia, ela morreu. Com o coração partido, Anthony buscou consolo resgatando objetos perdidos — coisas que as pessoas deixaram cair, que foram extraviadas ou ficaram para trás sem querer — e escrevendo histórias sobre eles.

Agora, no crepúsculo de sua vida, Anthony sente que não cumpriu totalmente o dever de reconciliar todas as coisas perdidas com seus donos. À medida que o fim se aproxima, ele lega a missão de sua vida à sua assistente desavisada, Laura, deixando para ela sua casa e todos os tesouros ali contidos — incluindo um fantasma irritável.

Recuperando-se de um divórcio, Laura, de certa forma, é uma das coisas perdidas de Anthony. Mas, quando a solitária mulher se muda para a mansão que herdou, a vida dela começa a se transformar. Ela encontra uma nova amiga em Sunshine, a filha peculiar da vizinha, e uma distração bem-vinda em Freddy, o jardineiro. Conforme a escuridão começa a se dissipar, Laura decide realizar o último desejo de Anthony: devolver seus queridos objetos perdidos aos donos.

Há muito tempo, Eunice encontrou um objeto na calçada de Londres e o guardou por anos. Agora, com seu próprio fim se aproximando, ela perde algo precioso — uma trágica reviravolta do destino que a força a quebrar uma promessa.

Como a nova guardiã das coisas perdidas, Laura detém a chave para a redenção de Anthony e Eunice. Mas será que ela vai conseguir desvendar o passado e refazer as conexões que vão permitir que o espírito dos dois descanse?

Cheio de personalidade, sagacidade e sabedoria, O guardião das coisas perdidas é uma história de aquecer o coração, que vai emocionar e encantar os leitores.


Este é um livro que merece ser degustado. De ter seus capítulos lidos sem pressa, e em um momento que a gente busca por um conforto, um quentinho no coração, na cia "de uma deliciosa xícara de chá". O guardião das coisas perdidas fala sobre tempo, amor, cuidado e principalmente o quanto a amizade pode salvar a nossa vida. Fala sobre resgatar lembranças, sobre auto perdão e sobre recomeçar. 

Muito embora seja uma história com personagens centrais, são as histórias paralelas e os personagens secundários que enriquecem ainda mais o enredo. E é importante se desapegar de qualquer ceticismo para entender a leveza que a autora coloca em cada página. 

E por falar na autora, a leitura se torna ainda mais especial ao ler os agradecimentos no fim do livro. Saber que Ruth Hogan escreveu essa história se curando de um câncer, enquanto perdia uma amiga e seus cachorros, faz com que o carinho pela história aumente ainda mais. Deve ter sido uma terapia escrever sobre Anthony, Laura, Sunshine e cia. 

Terminei já com saudades de todas essas pessoas imaginárias.

29 de mar. de 2024

 



"A verdade? A verdade disso tudo? A verdade é que esta foi uma história que falou de muitas coisas diferentes, mas principalmente de idiotas. Porque estamos fazendo o melhor que podemos, realmente estamos. Estamos tentando ser adultos, amar uns aos outros e entender como raios se conecta cabos USB. Estamos procurando algo em que nos agarrar, algo pelo qual lutar, algo pelo qual ansiar. Estamos fazendo o possível para ensinar nossos filhos a nadar. Temos tudo isso em comum, mas quase todos nós continuamos sendo estranhos, nunca sabemos o que fazemos uns aos ou-tros, como sua vida é afetada pela minha.


Talvez tenhamos passado rápido demais um pelo outro no meio da multidão hoje, e nenhum de nós percebeu, e as fibras do seu casaco roçaram no meu por um único momento e depois fomos embora. Eu não sei quem você é."

Sinopse da editora:


Best-seller instantâneo do New York Times, o novo romance do autor de Um homem chamado Ove é um "romance engraçado e emocionante".

A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos. 

O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo.

Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos — inclusive o ladrão — estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar. 

"Às vezes dói, dói muito, por nenhuma outra razão além do fato de que nossa pele não parece ser nossa. Às vezes entramos em pânico, porque as contas precisam ser pagas e temos que ser adultos e não sabemos como, porque é tão horrível e desesperadamente fácil fracassar como adulto."


É até difícil escrever uma resenha deste livro sem incluir spoiler, mas vou tentar.

Acho que nunca marquei tantos trechos em um livro como este - "Gente ansiosa" te leva a crer o tempo inteiro que trata-se da história de um grupo de pessoas idiotas, e ao fim te leva à reflexão que muitas vezes julgamos os outros sem conhecer a bagagem por trás de todas as motivações, do que influenciou a formação daquele caráter. 

O que podemos esperar de um assalto a banco que deu errado? Como deduzir o que pode acontecer quando pessoas tão diferentes são sequestradas quase por acidente? E o que os tropeços da vida podem ocasionar no futuro de cada uma dessas pessoas? Fredrik Backman e sua brilhante mente (o autor de "Um homem chamado Ove" prova isso também na adaptação do livro para o filme "O pior vizinho do mundo") mostram nessa história que há inúmeras possibilidades do que pode acontecer, dentro de uma narrativa tão envolvente que a cada curto capítulo, você se pega perguntando “e se eu ler só mais um?” 

Essa não é uma história para você ser cativado por um personagem, ou sobre quem está certo ou errado. Não é um livro sobre moral, sobre destino ou romance. É um livro pra você se identificar um pouco com todos eles a cada capítulo. É perceber que as pessoas são muito além do que a primeira impressão. 

Ainda estamos em março mas sei que em dezembro este livro ainda estará entre os meus preferidos do ano.

Outros quotes demarcados durante a minha leitura:

"Quando Jim era pequeno, as crianças costumavam receber como castigo a ordem de irem para seus quartos, no entanto, hoje em dia precisamos forçá-las a sair deles"

"Uma geração inteira foi repreendida por não ser capaz de ficar quieta, a geração seguinte é repreendida por nunca se mexer."

"As drogas são uma espécie de crepúsculo que nos dá a ilusão de que somos nós que decidimos quando a luz deve se apagar, mas esse poder nunca nos pertence. A escuridão nos leva sempre que quiser."

"Porque a parte terrível de se tornar adulto é ser forçado a perceber que absolutamente ninguém se importa conosco, temos que lidar com tudo nós mesmos, descobrir como o mundo inteiro funciona."

"Damos apelidos àqueles que amamos, porque o amor requer uma palavra que pertence somente a nós."

"Na maioria das vezes, estamos apenas tentando sobreviver ao dia".

"A verdade é que, se as pessoas realmente fossem tão felizes quanto parecem na internet, não passariam tanto tempo lá, porque ninguém está tendo um dia bom de verdade gasta metade dele tirando fotos de si mesmo. Qualquer um pode fabricar um mito de sua própria vida se tiver adubo o suficiente, então, se a grama parece mais verde do outro lado da cerca, provavelmente é porque está cheia de merda. Não que isso realmente faça muita diferença, porque agora aprendemos que todo dia precisa ser especial. Todo dia."

"Nadia se sentiu assim durante toda a vida. Ela viveu entre eles. Tinha se sentado à mesa do jantar com seus pais, pensando: Vocês não conseguem ver? Mas eles não viam e ela não dizia nada. Um dia ela simplesmente não foi à escola. Arrumou o quarto, fez a cama e saiu de casa sem casaco porque não precisava de um casaco. Passou o dia todo na cidade, congelando, vagando como se quisesse que a cidade a visse uma última vez e entendesse o que tinha feito por não conseguir ouvir os gritos silenciosos dela."

"As pessoas se amam até não poderem viver uma sem a outra. E mesmo se pararem de se amar por um tempo, elas não podem... não conseguem viver uma sem a outra."

"Não podemos mudar o mundo, e muitas vezes não podemos nem mesmo mudar as pessoas. Não mais do que um pouco de cada vez. Portanto, fazemos o que for possível para ajudar sempre que tivemos essa chance. Nós salvamos aqueles que podemos salvar. Damos o nosso melhor. Depois, tentamos encontrar uma forma de nos convencer de que isso terá que ser... o suficiente. Para que possamos conviver com nossos fracassos sem nos afogar."

"Para quem nunca faz nada, não há nada mais fácil do que criticar alguém que realmente se esforça."

"[...] o humor é a última linha de defesa da alma, e enquanto estamos rindo, estamos vivos."

"Dizem que a personalidade de uma pessoa é a soma de suas experiências. Mas não é verdade, pelo menos não inteiramente, porque, se nosso passado fosse tudo o que nos define, nunca seríamos capazes de nos suportar. Precisamos nos permitir reconhecer que somos mais do que os erros que cometemos ontem. Que somos também todas as nossas próximas escolhas, todos os nossos amanhãs."


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12 de mar. de 2024

 


Quando Josie Jensen, uma desajeitada menina prodígio da música, conhece Samuel Yates, um garoto confuso e revoltado descendente dos índios Navajos, uma amizade improvável floresce. Apesar de ser cinco anos mais nova, Josie ensina a Samuel sobre palavras, música, sonhos, e, com o tempo, eles formam um forte vínculo de amizade. Após se formar no colégio, Samuel abandona a cidadezinha onde vivem em busca de um futuro, deixando sua jovem amiga com o coração partido. Muitos anos depois, quando Samuel retorna, percebe que Josie necessita exatamente das coisas que ela lhe oferecera na adolescência. É a vez de Samuel ensinar a Josie sobre a vidae o amor e guiá-la para que ela encontre seu rumo, sua felicidade. Profundamente romântico, Correndo descalça é a história de uma garota do interior e um garoto indígena, sobre os laços que os ligam a suas casas e famílias e sobre o amor que lhes dá asas para voar.

"Algumas coisas não podem ser explicadas ou compartilhadas, porque perdem o brilho quando são passadas adiante."

Seis dias! Este foi meu segundo contato com a autora (o primeiro foi com O que o vento sussurra) e se antes eu achava que Amy Harmon era incrível, agora eu tenho certeza. 

A história de Josie e Samuel é muito envolvente, cheias de nuances, leveza e ensinamentos. A simplicidade da vida dos personagens dá um destaque maior para a importância dos sentimentos de cada um - não há nada material que tire o foco dessa intensidade que a autora quis transmitir. E é aí que o livro te pega. 

A autora capricha bastante na história dos Navajos, e coloca Samuel como o locutor desses ensinamentos. Embora Josie seja Mórmon, não há muitas evidências sobre esta cultura na personagem - provavelmente porque a autora queria evidenciar a maturidade precoce da personagem. Mas a união dessas informações trazem uma curiosidade ainda maior para o livro: a história de uma amizade sincera entre uma garotinha mórmon e um filho de Navajo, ambos se sentindo desajustados na escola, e que cultivam um sentimento que transcende qualquer cultura ou preconceito.


Outros livros da autora que já li:


5 de mar. de 2024

 



Quando descobre que o noivo está apaixonado por outra pessoa, Wren acha que jamais vai se recuperar. Do outro lado do mundo, Anders perdeu a esposa há quatro anos e ainda luta para seguir em frente. Mas o destino está prestes a pregar uma peça nos dois...

Após o rompimento, a cidadezinha inglesa onde Wren e o ex-noivo moram fica sufocante demais. Então ela decide passar o verão na fazenda em que seu pai e a nova família dele vivem, nos Estados Unidos. Ali, em meio à natureza exuberante, Wren conhece Anders e seu mundo vira de cabeça para baixo.

O que Wren não sabe é que Anders guarda um segredo, e, se ele se render aos próprios sentimentos, isso trará sérias consequências. Abandonar o homem que ela ama machucaria Wren mais do que ela pode imaginar. Mas, sabendo a verdade, como ela poderia continuar ao lado dele?

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Peguei este livro no Kindle Unlimited depois de ver diversas resenhas positivas sobre ele. De fato é uma história interessante, com uma reviravolta inesperada, que dá aquela fisgada maldosa no coração. Mas confesso que a leitura foi meio arrastada durante boa parte da história, pois senti que se não houvesse detalhes tão minuciosos sobre os lugares que a protagonista passava, teríamos só metade das páginas, pois a evolução da história de fato é pouca. 

Mas tirando esse detalhe, a história traz bastante (e boas) reflexões da personagem, já que ela se vê diante de mais uma reviravolta em sua vida. Ao ir de encontro ao seu pai em outro país, também vai de encontro à reflexões sobre o seu relacionamento com ele e de sua (não tão nova) família. Wren esquece totalmente o seu desafio de esquecer o ex quando percebe que muito do que não viveu com o seu pai foi por ter se mantido fechada para o novo, nos oferecendo também uma bonita reflexão: o quanto permitimos que as pessoas entrem em nossas vidas para curar certas feridas?

21 de fev. de 2024



Mesmo que não seja muito comum aqui no Brasil, acredito que muitas pessoas saibam o que é um floco de neve. Algo levinho, aparentemente frágil, mas feito por inúmeras moléculas capazes de formar uma estrutura resistente (acredito que ela vai gostar desta analogia, já que ela nutre uma predileção pelo frio. Gosto duvidoso? Sim, mas gosto é gosto).

Não se enganem com a aparência da filha perfeita de uma família quatrocentona de São Paulo. Ela está longe de ser perfeita, e nem quer ser. Aliás, este gosto sim compartilhamos, de não aturar pessoas que são muito boazinhas e não entendem a realidade da vida.

Este texto está meio confuso. Vamos começar do começo, portanto.

Nos conhecemos na faculdade. Estudávamos em Campus diferentes, mas nossa liderança nata chamou a atenção dos professores que nos juntaram para um projeto grande. Enquanto ela era firme e gentil, eu fazia a doida e molenga.
Ainda assim, demos muito certo.

Aprendemos muito juntas. Erramos também. Mas ela sempre esteve do meu lado nos piores momentos. Era minha primeira crise de depressão, e ela brigava duramente com minha impostora, pois eu já não tinha mais forças. Ela me ensinou que sim, as pessoas machucam, mas as pessoas valem a pena e não são descartáveis. E eu não preciso me fechar em uma ilha deserta (essa parte ela vai gostar também, porque remete ao filme Náufrago, já que ela ama o Tom Hanks).


Mas se você quiser ter a amizade dela, este é um checklist do que a deixa feliz:

  • Romances dramáticos
  • Sorvete da Bacio di Latte (já discutimos uma vez por isso) 
  • Fórmula 1 / Lewis Hamilton)
  • Croissant que o consagrado leva para ela no final do dia 
  • Box do banheiro sem manchas
  • Frio (affff)

A Sheila é um tipo de ser humano com um faro muito aguçado, desde sempre. Foram incontáveis vezes que ela falou “isso não vai dar bom”, e realmente não deu. Mas ao mesmo tempo, desde que nos conhecemos lá no tempo do guaraná com rolha, todas as vezes que estive na escuridão, ela estava ali me dando a mão: no meu primeiro relacionamento tóxico depois de adulta; na minha primeira depressão; e em mais dois momentos marcantes na minha vida. Agora com 40 anos nas costas, e depois de ter quebrado a cara com muita gente sem caráter, a admiro ainda mais. Porque mesmo eu sendo estranha, esquisita e estando na pior, ela tá lá. Na alegria e na chatice.

A Sheila não é a pessoa que vai pela levada, que vai babar ovo de alguém só porque todo mundo gosta, ou se afastar de pessoas só porque todo mundo acha esquisito, muito pelo contrário. Sem querer ser good vibes batendo palmas para o sol, mas ela é muito sensível a energia das pessoas. E é reconfortante saber que sou uma das que tem a honra de ser do bloquinho das estranhas da Sheila. Se ela acredita em mim, tenho certeza de que venci na vida.

 


Mary Jane é uma adolescente que adora cozinhar com a mãe, cantar no coral da igreja e ouvir discos. Tímida, discreta e gentil, ela consegue um emprego como babá da filha de um médico — um trabalho respeitável em uma casa respeitável, pelo menos é o que pensam os pais de Mary Jane.

Mas logo no primeiro dia de trabalho, Mary Jane descobre que foi parar na casa de uma família hippie que vive de um jeito completamente diferente de sua própria família. Para completar — e ainda mais fora da caixinha! —, o médico em questão é um psiquiatra que trata de um famoso astro do rock viciado em drogas.

A convivência com essa nova família desperta em Mary Jane sentimentos e percepções que, até então, ela nunca tinha vivido. Dividida entre o estilo de vida rígido que sempre conheceu e a liberdade que descobre ser possível, como será que Mary Jane vai terminar o verão?


Mary Jane é uma viagem musical, divertida e espirituosa pela década de 70. Acompanhe a chegada dessa protagonista inesquecível à vida adulta e se prepare para descobrir um mundo novo junto com Mary Jane!

"O que nunca aprendemos foi que às vezes as ideias racistas e antissemitas eram despertadas pelas próprias pessoas com quem você convivia."

Vi uma única resenha sobre este livro que dizia que era uma mistura de Quase Famosos com Daisy Jones & The Six - comparações que foram mais do que suficientes para me convencer a embarcar na leitura. E quem busca uma narrativa leve e bem humorada deve fazer o mesmo - em Mary Jane, a gente se depara com uma história contada em primeira pessoa, narrada por uma adolescente de 14 anos que descobre um mundo completamente diferente do seu, e fica fascinada por isso.

"Sentir alguma coisa era se sentir vivo. E se sentir vivo estava começando a se parecer com amor".

O que vale mencionar aqui é que há livros com diferentes objetivos quando são escritos: alguns focam em construir uma boa história, outros pretendem focar em sentimentos e sensações diante de um ou mais acontecimentos. Em Mary Jane a autora opta pelo caminho número 2 - não temos uma história sensacional, mas temos de bandeja como Mary Jane se sente ao descobrir que há uma vida completamente divertida e libertadora fora dos muros imaginários criados por sua família conservadora. E todas as dúvidas genuínas de uma adolescente são exploradas pela autora durante a história, sem transformar Mary Jane em uma pudica completa (os melhores momentos são quando a garota começa a se questionar se é uma viciada em sexo, sendo virgem!). 

"Parte de estar vivo é descobrir o equilíbrio entre  que você quer, o que você precisa e o que você tem; e o que você não quer, não precisa e não tem."

Confesso que nos momentos em que os personagens começavam a interagir cantando ou inventando músicas eu meio que fiz uma leitura dinâmica (tive 0 paciência mesmo, me desculpem), mas nada que tirasse estrelinhas do livro: Mary Jane é uma ótima leitura entre um livro pesado e outro, que nos transporta para os anos 1970 de uma maneira deliciosa, e também nos traz um saudosimo precioso de nossa própria juventude.

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