13 de jun. de 2025

 


Como nasce uma mãe? E o que sobra para ela depois que os filhos saem de casa? A maternidade tem muitas facetas a serem exploradas, aspectos que afloram nossas melhores (e piores) emoções.

Com a proximidade do seu aniversário de 50 anos, Élise precisa aprender a lidar com a solidão. Sua filha mais velha vive em Londres, e o caçula acaba de se mudar para Paris. Como se não bastasse, sua única companhia para enfrentar o ninho vazio é um cachorro desajeitado e um tanto depressivo. Agora, ela deverá encontrar um novo sentido para sua vida e reaprender a não viver em função dos filhos.

Em situação oposta está Lili, que ainda não estava pronta para dar à luz uma menininha. Sua filha chegou antes da hora, trazendo consigo todas as angústias e temores que só uma mãe é capaz de sentir: Ela vai resistir? Como existirei sem minha filha? Ela viverá bem? Algum dia nossas vidas voltarão ao normal? Lili ainda busca entender como um ser tão minúsculo pode ocupar tamanho espaço na vida de alguém.

Duas histórias, duas versões diferentes da maternidade: a mulher que precisa aprender a ser mãe e a mãe que precisa reaprender a ser mulher.

As pequenas alegrias é um romance sensível sobre as ondas de emoções que inundam nossa vida, sobre os pequenos grandes momentos em que tudo ao nosso redor se transforma, sobre os encontros indeléveis que mudam nosso destino para sempre.

Sinopse da editora

“O extraordinário se esconde no ordinário”


Quero começar esta resenha com essas aspas porque ela representa com maestria todas as histórias de Virginie Grimaldi. "As pequenas alegrias" era o último livro que faltava ler da autora, e não me canso de panfletar o trabalho dessa mulher a cada obra que termino. Nós somos presenteados com histórias tão aconchegantes, tão reais, escritas de uma maneira tão leve que dá vontade de morar em seus livros.

Diferente dos demais livros de Virginie, achei que "As pequenas alegrias" foi o único que fugiu um pouco das configurações habituais de histórias dela, mas não posso elaborar muito sobre isso para não dar spoiler. Mas enquanto nos outros esperamos por pequenas surpresas aqui e ali até o desfecho do livro, neste temos uma pequena surpresa contada de uma forma um pouco diferente, mas que não deixa de surpreender e aquecer o coração mais peludo que seja.


“A maternidade restabeleceu em mim o que a infância havia perdido.”


Lili e Élise são responsáveis em trazer a nossa leitura essa atmosfera maternal que marca presença a cada capítulo. De um lado, uma mãe de primeira viagem, mãe de um bebê prematuro, que está conhecendo um lado da vida que ela jamais visitara. E em meio a sua bagagem de vida, a um luto ainda não superado e ter que lidar com sogros intrometidos e despeitosos, ela encontra na luta pela sobrevivência da filha uma inspiração e força que ela até então desconhecia. 

Já do outro lado temos uma mãe prestes a completar 50 anos, que vive seus primeiros dias de solidão após seu filho mais novo sair de casa para estudar na capital. A adaptação a sua nova vida, cheia de liberdade a qual ela nem almejava tanto assim, a faz refletir sobre como sua vida foi condicionada a ser mãe integralmente, sem nem perceber. Para ela, era como reaprender a andar sem onde se apoiar, mas nessa caminhada ela encontrou uma forma de doar este amor que a transbordava a quem precisava: ser voluntária no hospital onde a filha de Lili nasceu.

E a nossa experiência de histórias intercaladas a cada capítulo dessas mães nos apresenta a versões da maternidade que podem ser fases, podem ser sentimentos, podem ser bagagens, podem ser ensinamentos e podem ser o fortalecimento de laços eternos, que emocionam até mesmo quem não sonha com a maternidade como eu.

Obrigada, Virginie. 


Compre "As pequenas alegrias" na Amazon clicando aqui.

Outras obras da autora que resenhei:


9 de jun. de 2025

 


É meu povo... chegou a hora de falar de trabalho! Essa sou eu em mais um vídeo do meu canal do Youtube, mudando mais um vez de assunto pra falar um pouco sobre como é a carreira de um UGC Creator. Neste vídeo eu falo sobre a diferença de um creator e de um influencer, compartilho minhas experiências no ramo, dou milhares dicas para quem está querendo começar nessa área e estou a disposição lá nos comentários do vídeo para tirar quaisquer dúvidas que surgirem por aí na cabecinha de vocês. 

É só dar o play e não deixar de me seguir para dar uma força para as manas do corre:


7 de jun. de 2025

 


Depois de passar uns bons anos usando uma lapelinha de 4 conto comprada na Shopee, me vi na necessidade de fazer um upgrade em meu microfone de trabalho. Isso porque além de ter trocado de celular e o novo não ter mais compatibilidade com o plug do finado, eu precisava também refinar mais a qualidade de meus áudios, para entregar um trabalho mais decente para meus clientes, não é mesmo? 

No vídeo a seguir, faço um review caprichado do Boya Link 3 em 1, o escolhido da vez, na cor branca. E antes que você se junte ao coro do "não entendo porque o criador de conteúdo insiste em segurar uma lapela nas mãos" eu já me adianto a te responder: a minha razão pela qual faço isso é porque eu falo baixo e não tô nem um pouco afim de mudar isso (e nem de estourar o volume de meus vídeos na edição só porque você alecrim se incomoda com alguém segurando um microfone).

Este é o primeiro vídeo de uma série de reviews que comecei. Os próximos serão do meu pedestal compacto (adeus ringlight) e do Gimbal Dji Osmo SE.

Compre o Boya Link 3 em 1 branco na Amazon clicando aqui.


6 de jun. de 2025

 


Maio foi um mês arrastado, quase parando em todos os sentidos. Me vi em situação de barril por muitas vezes. Senti a ansiedade batendo na porta quase que diariamente. Em uma época em que os dias parecem correr de modo mais do que acelerado, parece que foi um mês que custou a acabar. E para não enlouquecer de vez foi necessário filtrar muito do que eu consumi: seja na internet, na TV e até mesmo temas de livros. 

E este foi o assunto do primeiro "modo shuffle" que lancei no Youtube - aqui falo sobre o que transformei em remédio durante o mês, e convido vocês a dar o play nesse vídeo que está um verdadeiro bate papo entre amigos.


26 de mai. de 2025

 



Foi por amor que Hugo se mudou para Buenos Aires. Um amor que ele foi o último a ver desmoronar em um domingo cinzento na movimentada feira de San Telmo.

E foi também por amor que ele decidiu permanecer na capital de charmosos cantos decadentes: amor por Eduardo e Carolina, seus amigos, com quem pode contar incondicionalmente; amor por seu pai, que também decide mudar-se para a capital portenha, para ficar perto do filho; amor pela própria cidade, com suas lojas de antiguidades, pequenos bares, grandes cafés e aulas de tango na pracinha.

Em capítulos narrados a partir do ponto de vista de diferentes personagens, cada um ambientado em um local único de Buenos Aires, Fernando Scheller constrói uma história sensível e emocionante, mostrando que o amor importa, e ele está por toda parte.

Sinopse da editora

"A única razão para se desdenhar do amor é a ausência dele."


Decidi começar a leitura desse livro depois de te-lo encontrado no Kindle Unlimited como novidade. Ele já estava há um tempão na minha wishlist e foi uma grata surpresa encontrá-lo por lá, até mesmo porque estava no meio de uma outra leitura pesadíssima, que não estava me ajudando muito neste momento em que minha cabeça não anda lá aquelas coisas. 

Dito isso, quero dizer que “O amor segundo Buenos Aires” é um santo remédio para dias ruins. A escrita do Fernando Scheller é deliciosa, fluída e de uma delicadeza ímpar. Aqui conhecemos a história de diferentes personagem, sob diversas perspectivas, já que cada um deles nos conta sua visão sobre um outro. Apesar disso, o personagem central é Hugo, um brasileiro que passa a viver em Buenos Aires depois que se mudou para acompanhar a então namorada Eleanor. O casal se separa, mas o amor de Hugo pela cidade prevalece, e é a partir daí que acompanhamos todas as histórias ordinárias de pessoas comuns, com vidas comuns, mas grandiosamente inspiradoras. Esta edição que li tem 5 capítulos adicionais, e já quero a versão física para compor meu seleto grupo de livros preferidos da minha estante.

Mas voltando à história... amo esse climinha de escrita estilo Sally Rooney, que fisga a gente através da grandiosidade da simplicidade. De como pequenos detalhes fazem a diferença. Da paixão difícil ou viceral. Dos desafetos que fortalecem, do acolhimento que consola, que não nos deixa desistir. É muito gostoso ler história de pessoas não reais, mas que soam reais demais. E Fernando Scheller fez isso com maestria neste livro.

Ansiosa para ler "Gostaria que você estivesse aqui", do mesmo autor.

"Só quem ama dá atenção aos pequenos detalhes, encontra valor e significado no outro."


Compre "O amor segundo Buenos Aires" na Amazon clicando aqui

13 de mai. de 2025

 



Você já parou para analisar o seu entorno em um local público? Um restaurante, uma praça de alimentação de shopping, uma fila de cinema? Quantas pessoas você notou que conversavam entre si, liam um livro quando estavam sozinhas, ou estavam simplesmente curtindo um ócio olhando para o nada? Essa prática quase extinta cedeu o lugar para o inevitável vício do celular, aquele que está criando mentes preguiçosas, corcundas de dromedário, pessoas que mal conversam porque preferem manter a conversa no ambiente on-line ou rolar qualquer feed de mídia social para alimentar a fomo por qualquer coisa ou se sentir ainda mais em estado depressivo por comparação à vida feliz de quem posta felicidade. 

E o homem dromedário, sem ao menos notar, passou para um outro patamar psicosentimental: o das relações rasas. Nenhuma conversa mais parece evoluir se não tiver incluído no assunto memes, virais, entre outros tópicos que só a internet proporciona. Os vídeos curtos criaram uma ansiedade por nada, pois o homem dromedário não tolera mais filmes com mais de uma hora e meia, por mais que ele não tenha mais absolutamente nada para fazer depois disso (até tem, mexer mais um pouquinho no celular até pegar no sono). Aqueles da mesma espécie que ainda conseguem se comunicar falando de seus próprios sentimentos, desabafando sobre a solidão que vivem enquanto ainda habitam a parte mais rasa desse buraco, já são considerados seres estranhos, pois falar sobre vulnerabilidade é constrangedor demais. O homem dromedário não verbaliza vulnerabilidade porque ele é o ser imaculado no âmbito virtual, aquele que arranja brigas por causa da série de TV que ele não tem mais paciência para assistir (aliás, tudo parece ruim demais para prender a sua atenção), que ofende facilmente aquela arroba que ele nunca viu na vida, que se dá muita importância em uma rede social, mas 0 importância devida na sua vida real. Seria um second life, uma nova pandemia ou o novo normal?

Ah a pandemia! Essa que acreditamos cegamente que sairíamos melhores dela, mas a verdade é que criamos uma evolução mais rápida do homem dromedário. Que criou uma sociedade com preguiça de socializar, que se tornou mais inacessível que uma celebridade no auge da carreira. Relações marcadas pelo “vamos marcar de marcar” que nunca marca, que banalizou o “como você está?” sem querer saber mesmo a resposta. A briga de trânsito. As festas barulhentas até tarde da noite. A necessidade de alimentar o “olhar para si” até semear um egoísmo e orgulho exacerbado. 

O homem dromedário evoluiu no tempo na mesma medida que ele também parou nele. Ele está por dentro de tudo o que acontece no mundo, mas se fecha para o que acontece dentro da cabeça do próprio filho, esposa ou amigo. Ele age como um futurista, mas sente como um primata. E assim, passamos por mais uma etapa do homo sapiens, mas caminhando para qual lado? 

Talvez para baixo. Como o calombo que nasceu no início de sua coluna indica.

Pinterest

Instagram

PhD?. Theme by STS.