cap; 6 - confusão bate na porta




Acordei no dia seguinte me sentindo mais leve, mas com um arrependimento enorme dentro de mim por ter quebrado uma espécie de condição que eu tinha me imposto. Despertei quase no final da manhã, mas curti uma preguiça ainda deitada na cama, longe com meus pensamentos. Me vi obrigada a levantar quando o telefone de casa tocou. Era minha mãe...

Tenho a mania de dormir com o celular do lado do travesseiro, mas daquela vez ele estava na bolsa. Uma ligação perdida e uma mensagem dele estavam visivelmente acesas no visor do aparelho. A alegria foi tanta que o visor mais parecia entrada de motel, de tão brilhante que enxerguei.

Estava me sentindo meio idiota, sabe? Me sentia uma boba quando me via apaixonada. É por essas e outras que não gosto de me apaixonar. Também tenho aquela visão altamente feminista de que os homens são tão insensíveis a ponto de eu querer me tornar igual à eles. Um verdadeiro paradoxo...

No torpedo, o personagem da minha história dizia que não conseguia parar de pensar em mim, e me pedia para sugerir à ele o que fazer... me passou infinitas formas de responder para parecer o mais criativa possível, mas fui sutil em enviar apenas um “que tornemos essa efemeridade um acontecimento...”.

Dez minutos se passaram e meu celular tocou novamente. Apesar dele querer me ver novamente naquela noite, não haveria possibilidades de eu desmarcar um encontro familiar para saciar meus desejos. Estava meio assustada com a rapidez das coisas; não havia nem uma semana que nos conhecemos e já tínhamos saído, e uma mensagem de saudade já tinha sido enviada. Fiquei pensando se tudo aquilo era algo adolescente e intenso ou pura fantasia. Mencionei da gente se ver durante a semana: nada muito formal e nem muito assustador.

Enquanto eu tomava banho, me lembrei da menina do olhar vago da noite anterior. Será que ela tinha os mesmos medos que eu? Será que ela estava perdida em um pensamento, ou tenha passado por algo que eu esteja com medo de passar? Porque diabos eu complicava tanto a minha vida e via tudo de uma maneira áspera, ao invés de curtir aquele momento mágico? Não dava para eu ser mais sonhadora e me permitir não ter medo das coisas óbvias da vida?

Pois é...25 anos nas costas e dúvidas de uma menina de 15...

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