Vou morrer de saudade...



Na tarde do dia 11 do mês de maio de 2022, Dorinha descansou, aos 9 anos e 10 meses de vida. Ela não sofreu antes de partir, e estávamos junto com ela quando isso aconteceu. Dorinha tinha uma massa no joelho que cresceu em pouquíssimos meses, e acabou subindo também para a coxa. Estávamos nos organizando para ela operar hoje, dia 13, e possivelmente ela amputaria essa patinha doente. Ela  se saiu muito bem durante os exames pré operatório, que foram realizados no mesmo dia 11, mas na coleta de sangue, ela deu uma baqueada. Chegou em casa meio amuada, meio de cara virada comigo. Depois colou no Henrique, em mim logo em seguida, e ficou alternando assim até as 2 da tarde, quando partiu para sempre.



Em seguida vieram os resultados dos exames. Lá constava que Dorinha já tinha uma metástase pulmonar que nunca soubemos da existência, porque ela não apresentava nada de anormal, além de seu coração com tamanho alterado por conta da idade, que já sabíamos desde 2020. Se Dorinha sofreu com isso, não sabemos, porque ela nunca foi de chorar, nunca foi de recusar passeio, nem tão pouco um belo petisco. 

A dor está nos dilacerando e acho que vai demorar muito para amenizar. Cada canto dessa casa tem a cara dela. Ela era presença marcante na vida de todo mundo. A Dora era presente sempre. Me arrisco a dizer que nossos amigos vinham mais visita-la do que a nós. 


E apesar de doer tanto essa perda, quero manter essa presença linda da Dorinha na minha mente. Ela foi parte da minha rotina desde o dia que chegou (contei sobre isso neste post aqui), e como trabalho home office muito antes da pandemia tornar isso algo comum, ela era praticamente minha colega de trabalho. Enquanto estava no computador, ela sentava do meu lado e lá ficava. Quando cansava do chão duro, arrastava a cama dela para o meu lado e ali permanecia. 

De uns tempos para cá, devido a idade, a Dorinha mais dormia do que qualquer outra coisa. Ela amava a caminha dela, aliás, AS caminhas dela. Foram 6 ao total, porque depois de muito tempo encontramos a caminha ideal que a inibisse de fazer xixi onde dormia. Como em 2020 ela teve pneumonia por 2x, escolhemos uma que fosse suspensa, assim ela não ficaria com o peitinho no chão gelado.


Antes da Dora ficar mais velhinha, ela era extremamente ativa. Dormia sim, era preguiçosa sim, mas ela tocava o terror nos momentos em que estava beeeem acordada. Mas mesmo na sua melhor idade, ela ainda pedia para passear, não negava petisco e vivia resmungando quando a gente não fazia o que ela queria.


A Dorinha já apareceu neste blog milhares de vezes, muitas dessas vezes em cliques maravilhosos da Carla Brasiliense. No começo ela entrava de bicão mesmo, depois se tornou presença cativa e obrigatória em todas as fotos. Você pode ver um pouquinho mais dela aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Enfim, tá doendo demais, a saudade está absurda, está difícil criar uma nova rotina sem ela, sem varanda com xixi para limpar, sem pelinhos espalhados pela casa para aspirar... até os puns e as babas estão fazendo uma falta danada... mas sei que aos poucos essa dor ameniza e só sobrará tudo o que ela deixou de maravilhoso para nós - as lembranças.

Te amaremos para sempre, Dorinha. A nossa gordinha.

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