Vitor F: Xô acne, pt 1

Sempre tive a pele muito oleosa, e quando digo muito, é muito mesmo. Porém, de um ano pra cá, mais ou menos, começaram a surgir as indesejadas espinhas e os cravos tenebrosos, mas não era nada assustador. Como nunca gostei de médicos, pesquisei sobre produtos na internet que ajudariam a combater esse “mal”, e fiz a besteira de comprar alguns.
Não citarei nomes, mesmo porque não foram eles que pioraram a situação, mas sim o uso incorreto deles, mas devo me explicar: o que eu comprei qualquer um consegue em qualquer farmácia, como um sabonete líquido para controlar a oleosidade e um tônico para uma limpeza mais profunda. O que eu não sabia, na verdade, é de se imaginar: quanto mais você usa produtos para oleosidade, mais “sebo” a pele produz, como uma forma de defesa. Mas calma, não precisa ir correndo jogar seus produtos fora, basta usá-los na medida certa.
Eu usava até três vezes ao dia, o que é errado, o certo é utilizá-los pela manhã e a noite.
Resultado: minha pele foi ficando cada vez mais horrível até chegar ao grau que estou hoje. Pra vocês entenderem, no início do ano passado me consultei com um dermatologista amigo meu e ele me disse que minha acne era grau 1, agora estou no grau 2, com aqueles pontos bem vermelhos e doloridos.
No decorrer desse ano, quando o caso começou a piorar, muitas pessoas me falavam que era só eu melhorar minha alimentação, parar de comer frituras e coisas muito gordurosas, que tudo melhorava. Mas eu nunca tive uma alimentação ruim, muito pelo contrário, sempre me alimentei muito bem, amo frutas e verduras (claro que tinha uma friturazinha, que já diminuí muito, mas os chocolates e amendoins foram banidos há muito tempo da minha vida).
Resumindo, tenho 21 anos, mas parece que eu acabei de completar 15 e estou na flor da puberdade, o que não é nem um pouco legal, pois nosso rosto é uma das primeiras coisas que as pessoas reparam, e se a visão for agradável, é bem mais fácil.
Como disse no início, procurei uma especialista em acne e minha consulta com ela foi em 13 de junho. E assim que sai do consultório com o tratamento a ser seguido, logo pensei no PhD. Por quê? Pensei nas dicas de maquiagem que são passadas para as leitoras, mas como sempre digo, antes de gastar com maquiagens caríssimas que prometem efeitos de cobertura magníficos, é bem mais vantajoso cuidar da pele primeiro, ai a maquiagem vai servir apenas pra ressaltar a beleza, e não pra cobrir defeitos.
Mas vamos ao que interessa: minha dermatologista me passou um tratamento que inicialmente durará 15 semanas. Irei fazer uma espécie de diário semanal com tudo o que acontecer comigo e a minha pele durante ele e na última segunda-feira de cada mês mostrarei à vocês o resultado.
O tratamento consiste em basicamente um ácido, um sabonete líquido, um hidratante e um protetor solar:



Vitanol (o ácido) – A (Tretinoína), não sei se vocês já ouviram falar, mas é basicamente o mesmo composto do Roacutan (isotretinoína). Ele deve ser passado primeiramente durante uma semana em noites intercaladas, para que eu veja como minha pele responde a ele. Depois dessa semana inicial, vou controlando duas noites sim, uma não, três noites sim, uma não, até usá-lo todas as noites.
Epidrat Sensi (sabonete líquido) - para peles oleosas e sensíveis, já que o ácido sensibiliza muito a pele. Ele é bem suave, não tem cheiro e é bem fácil de utilizar.
Minesol, da Roc (protetor solar) - O protetor solar é de escolha própria, desde que seja oil control. Optei por um que sempre usei e nunca tive problemas.
O hidratante só é necessário no caso da pele ressecar muito, o que pelo que eu entendi, vai acontecer. O nome dele é o Cetaphil. A doutora já me avisou que o ressecamento acontece principalmente ao redor da boca, e é quando o uso dele se faz necessário.
Assim que sai do consultório já passei em uma farmácia, e já vou avisando que tem que ser das grandes, pois o Epidrat Sensi é meio difícil de achar, e comprei meus novos amiguinhos. O preço não é tão ruim quanto esperava: o ácido é o mais barato, custou R$ 33. O Epidrat foi R$ 50, o protetor solar eu já tinha, mas o preço dele é por volta dos R$ 60, e o mais carinho é o hidratante, R$ 90.
Comecei o tratamento no mesmo dia, e dividi os resultados por semanas:

Primeira Semana



Utilizei o ácido dia sim, dia não, como recomendado pela dermatologista, apenas para verificar como minha pele reagiria a ele. O que posso dizer, e o que foi avisado por ela também, é que houve uma pequena piora no caso, pois o ácido limpa de dentro pra fora (acho que vocês conseguem notar nas fotos). Porém, percebi que minha pele está bem menos oleosa, e que as espinhas estão bem menos doloridas.
O tratamento é muito tranquilo, as aplicações são fáceis, entretanto, notei algumas coisas: minha pele está bem sensível, a ponto de me dar medo de fazer a barba! No sábado, dois dias após o início do tratamento, a área ao redor da boca estava super ressecada, com várias áreas descascando. Usei o hidratante indicado por uns dois dias e tudo melhorou. Os meus lábios também estão sofrendo com isso - eles estão mega ressecados - e pra combater isso, aplico Bepantol neles todas as noites antes de dormir.
Fora isso, que não é nada muito chato, minha vida está normal, as únicas coisas que mudaram é que preciso passar protetor solar a cada quatro horas, mas já estava acostumado a usá-lo, só aumentei a quantidade de aplicações e bani qualquer tipo de fritura ou alimentos muito gordurosos das minhas refeições, fora os chocolates e amendoins que já não como a um bom tempo.

Segunda Semana



Após uma conversa por telefone com minha dermatologista, passei a usar o Vitanol todas as noites, e com isso, precisei do hidratante todos os dias também.
Estou naquela fase que não gosto de me olhar no espelho, pois a minha pele está muito irritada, o que só melhora a partir da quarta semana. Cada dia nasce uma nova espinha, o que me irrita muito, mas fazer o que né? Faz parte do processo.
Ah! Como vocês devem ter notado, optei por fazer a barba, o que irritou um pouco mais a minha pele, mas não dava pra continuar, estava parecendo um mendigo. O resto dos produtos foram usados normalmente; o protetor solar não sai da minha bolsa e o Bepantol e o hidratante são meus melhores amigos agora.

Terceira Semana



Minha pele começou a descascar mais ainda na terceira semana, e está menos oleosa, mas assim que uma espinha se vai, outra nasce. Fiquei bastante frustrado, mas liguei pra minha dermatologista e ela disse que é normal, e só melhora a partir da 4ª ou 6ª semana. Nada de anormal aconteceu, e minha boca não está sendo tão prejudicada quanto antes.

Quarta semana



Depois de um mês de tratamento, percebi uma melhora na oleosidade, como já havia notado na terceira semana. A pele não está tão sensível como no começo, mas as espinhas continuam aqui. 

Se é a partir da quarta semana que minha pele realmente começa a melhorar eu não sei, mas vamos ver daqui pra frente. No próximo post contarei como foi o segundo mês, e espero trazer boas notícias!

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Vitor Franco tem 22 anos e estará com a gente todas as últimas segundas-feiras de cada mês, dividindo com a gente o seu processo de tratamento contra a acne.

Um comentário

  1. Esse lance de acne é um saco! E em cada corpo aparece de uma forma... descobri que só um ácido não resolveria comigo depois te fazer um exame que diagnosticou que tenho ovários policisticos. Não é o fim do mundo e muito menos uma doença grave, mas só depois disso é que soube como realmente cuidar minha pele, já que a acne + pele oleosa era por conta disso. No meu caso tudo se resolveu com anticoncepcional, graças a Deus ♥ haha. Boa sorte com seu tratamento! :D

    http://meninaencanada.blogspot.com

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