Gita: Falsidade Sociológica

O Facebook que ninguém queria ver...


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No começo do mês, diversas pessoas pipocaram as mídias sociais com a seguinte declaração: “Qualquer serviço na Internet que tenha usuários brasileiros, em grandes proporções, vira um problema”. Vou dispensar apresentação porque  todo mundo o conhece, agora, o Ministro da Saúde... Enfim, disseram que tal frase foi dita por Mark Zuckerberg, e fala sobre a remota possibilidade da inserção dos gifts de animação no Facebook e a justificativa é que os brasileiros vão estragar tudo, usando desse recurso para compartilhamento de coisas fofas, meigas como mensagens de amor e afins... Infelizmente a notícia era falsa...

O problema? Caro leitor(a) a verdade é tão óbvia quanto o veto. O falecido Orkut virou uma rede insuportável por causa do que? A maioria dos usuários são consumidores de culto ao exibicionismo, chega a ser surreal a quantidade de futilidades usadas para simplesmente passar uma mensagem (e é disso que vive a sociedade virtual). Em suma, já eras Orkut. Mas independentemente da declaração ter sido falsa, isso não quer dizer que o senhor Mark não esteja olhando por nós, e também não foi dito nenhuma mentira em relação ao comportamento dos nossos conterrâneos.

Exemplo: Se entrar em qualquer page de alguém do Facebook em outro País, verão que a maioria, compartilha informações de afinidades ao grupo de amigos, não curtem qualquer coisa, não aceitam qualquer amigos, escolhem realmente manter seu status pessoal no âmbito virtual... Coisa que não vejo a maioria dos brasileiros facebookianos fazerem. Acredito que está havendo uma extensiva falsidade sociológica, induzida pela ideológica e os resultados não são objetivos, por isso essa suposta atitude de Mark vinculada à notícia falsa.

A era das redes estimulam as pessoas a se colocarem na vitrine e estar à mercê de um tipo de comercialização social, o que os outros pensam é artigo de compra para o seu ego e o que você diz: ser objeto-inteligível para vender ao ego de outros... Enquanto cada um faz do seu perfil uma sala de visitas, o que muita gente não sabe é que algumas empresas já afirmaram usar a rede social para checar informações e avaliar sua personalidade. A pesquisa diz que 10% da personalidade pode ser conhecida por esses métodos. Assim, sem você saber, muitas empresas antes mesmo de contratar a  pessoa, já traçaram um perfil básico através de análise pré-determinada por ações virtuais, ou seja, esse tipo de consumismo que nosso ego, nossa condição de ser e estar se expõe, fará de você, alvo de estudo, de análise além de mera curiosidade.



No Enem de 2011, o tema da redação não foi a crise, não foi nenhum assunto relacionado à realidade de algum país estrangeiro, mas foi relacionado às redes sociais e você. Tudo porque o conceito desse über-network, passa a representar um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados. Isso mesmo, você também não deve imaginar tanto, mas é parte de uma organizada metodologia social. Você faz parte de um trabalho que reconhece uma perspectiva global baseada na experiência pessoal, cuja conexão reconhece a independência enquanto apoia a interdependência. Você faz parte de um sistema de nodos e elos, uma estrutura sem fronteiras. E este termo – sem fronteiras – nos faz ser responsáveis não por tudo, mas pela nossa parte de ser o que quiser nesse cyber espaço.

Acho importante dizer que não custa nada repensar suas atitudes virtuais, percebi isso ao ler uma reportagem falando sobre a chegada da internet nas tribos indígenas, que surpreendem com seu uso, diante deste espaço que julgamos estar tão familiarizados. Os índios criaram uma linguagem própria para os computadores, usam de uma consciência mais identificada com sua cultura e as necessidades dela. Ao perceber isso, me questiono o quanto sou responsável pela imagem que vou expor. Então digo, não custa nada proteger-se de si próprio, ou seja, mesmo que as redes sociais façam do seu mundo um lugar público ou privado por opção, a escolha é sempre sua de dizer o que bem entender. Mas isso não significa que os pensamentos dos outros vão materializar aquilo que você pretendeu, como a mencionada na falsa reportagem. Apesar de não ser verdade, eu apoiaria a opinião do Mark, sabia? Somos um exército de egos a procura de um legado. Mas que legado?

Gostou? Deixe sua opinião, Curta e compartilhe com os amigos, aproveitem e discutam sobre o assunto! Afinal de contas, não só de curtir que vive o mundo! 





2 comentários

  1. O propósito inicial das redes sociais era eliminar a distância entre amigos, reencontrar pessoas que você perdeu o contato há anos, possibilitar o compartilhamento de seus pontos de vista e reunir pessoas com gostos e opiniões parecidos em comunidades dedicadas a esses assuntos.

    A princípio a idéia deu muito certo e ficou muito popular entre os brasileiros, conhecidos por ser um povo receptivo, alegre e descontraído. Em pouco tempo, milhões de brasileiros tornaram-se consumidores das redes sociais, tornando-se a maior comunidade de usuários das redes no mundo inteiro.

    A consequência disso foi a banalização das redes sociais. Pessoas ávidas por gerar conteúdo, por serem popular e/ou simplesmente para chamar a atenção, começaram a compartilhar indiscriminadamente conteúdo sem relevância, fotos de gatinhos, bebês bonitinhos e chavões piegas sobre amor, fé e convivência social tornaram as redes sociais algo chato, sem relevância, em suma, um desperdício.

    Essa banalização aconteceu também em outros povos, mas no Brasil ela foi muito mais forte, mais visível, pois o brasileiro é o povo que mais usa as redes sociais e isso gerou a má fama do brasil nas redes.

    Com a "morte" do orkut, muitos estão migrando para outras redes, mais notadamente o facebook. Esse fenômeno está sendo conhecido como "a orkutização do facebook", gerando muito desconforto aos usuários antigos, que começam a perder o interesse pelo facebook e, arrisco dizer, terá o mesmo fim que o orkut.

    No final, as redes sociais ternaram-se uma ferramenta a todos para dizeres o que elas querem, falar o que elas pensam e compartilhar o que elas gostam. Cada um usa-a da maneira que quer ou de que acha necessário, sem se importar com as consequências ou se sua opinião ofende outras pessoas. Atitude notóriamente vista, principalmente, no povo brasileiro.

    É responsabilidade sim de cada usuário pensar nas consequências de suas atitudes dentro de uma rede social, pois o que pode ser engraçado para você, pode ser ofensivo aos outros, mas a maioria não se importa. Só querem ser vistos, serem popular, mostrar que têm conteúdo, são adeptos do mote "falem mal, mas falem de mim" e isso é uma perigosa faca de dois gumes porque a fama e a infâmia ambas levam ao estrelato, mas uma vira outra tão rapidamente quanto a frase engraçadinha que você postou sem pensar. E de uma hora para outra, a pessoa que era famosa e respeitada, acaba afundada no poço do esquecimento. Sozinha, e sem importância.

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  2. Pois é... Falou e disse amigo. Arrisco dizer que o facebook tá com um pezinho na cova do Orkut. Claro que irá com certa pompa... Mas digo isso porque por exemplo, eu odeio aquelas jogos que tem que ficar mendigando a sua participação para o outro ganhar crédito não sei do que. É muito chato ficar recebendo aquelas atualizações... Descobri recentemente que conversar pelo grupo é um inferno a parte. Some comentário, some imagem, some e volta e ninguém sabe explicar. Odeio também aquelas montagens de mensagens com um cara com duas mãos pra cima, de bigode, que coisa de machista gay! Fora o outro com uma bola furreca do "Don´t Worry Be Happy" monstruoso... Chega né?

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