cap. 11 - 2 e 2 são 4


Mais um dia e eu estava uma pilha de nervos... mas dessa vez era por causa do trabalho. Um evento me foi dado para cobrir e o meu nervosismo, na verdade, era de ansiedade. Eu gosto de ver novos ares, novas pessoas, movimento... seria um desfile de pin ups , em uma cidade longe do caos urbano. Tudo pago pela editora – e eu aproveitaria para curtir uma mini-merecidas-férias.
Seria em duas semanas, mas os preparativos já tinham que ter começado. E vários trabalhos se acumularam e resultaram numa Tuka mais que perdida em meio à papeis e tranqueiras em cima da minha mesa.
Naquele manhã eu tinha recebido um torpedo de Gita, dizendo somente que estava tudo bem e que tinha novidades pra me contar em seu retorno. Não via a hora de encontrá-la! Pensando em escrever-lhe, abri meu e-mail e vi que na caixa de entrada havia uma mensagem de um ser já ‘falecido’ em minha história:

“Boa tarde,Quero saber se está tudo bem por aí... Me mande noticias...”

Era meu ex... o qual eu estava doidinha para esquecer definitivamente. Infelizmente eu não sou o tipo de mulher que guarda rancor, mas uma ferida em mim acaba sempre virando um calo em meu comportamento... o fato de eu me amedrontar com novos relacionamentos deve-se a essa experiência nada boa em minha vida sentimental, e até que me provem que 2 e 2 são 4, eu continuo achando que são 5.
Eu não sabia o que responder. Eu nem sabia se eu QUERIA responder. Mas deu um frio na barriga. Eu realmente tinha desaparecido da vida dele e as condições que eu me encontrava na época em que terminamos realmente não era das melhores. Eu no lugar dele ficaria tão preocupado quanto, mas o fato dele não ter me apoiado em uma época que eu precisava dele perto de mim me impedia de dar qualquer explicação: Preocupação ou remorso? Eu ainda usava aquela aliança pendurada em meu pescoço, não por ter a esperança de um dia a gente voltar, mas era uma forma de passar o cadeado nos meus sentimentos por tempo indeterminado.
A decisão foi ‘responderei amanhã’. Não estava afim naquele momento. ‘Hoje não...”
Após o trabalho, encontrei com o rapaz do sorriso bonito. Ficamos juntos por pouco tempo em alguns quarteirões da minha casa. Como quase sempre, ficamos por vários minutos em silêncio, trocando confidências de dois corações conflitantes somente pelo olhar. Foi aquele momento que me fez decidir que era a hora de destrancar o coração – já fazia um certo tempo que tudo tinha acabado. Na frente dele tirei a corrente, retirei a aliança, coloquei-a no meu bolso... recebi um beijo na testa e um reconhecimento: ‘prometo nunca deixar você se arrepender por essa decisão’.

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