6 motivos que fizeram eu amar o novo Batman

 


Batman estreou recentemente nos cinemas, mas desde antes da pandemia que estamos na expectativa para conhecer o tão falado homem morcego de Robert Pattinson - muita gente duvidou que o ator faria jus ao personagem, o que dividiu opiniões por todo este tempo. Mas sendo bem honesta, esta estava longe de ser uma preocupação para mim, e te conto agora os 6 motivos que me fizeram escolher este Batman como o meu preferido:


1. A humanização dos personagens


Na versão 2022 de Batman, o que mais me marcou foi encontrar personagens com propósitos. Ninguém ali era motivado somente por um desvio de caráter ou apenas por uma intuição – eles de fato tinham um propósito.

O diretor Matt Reeves, em entrevista para o Jovem Nerd, disse que o que motivava Bruce Wanye a viver era justamente o que ele fazia: salvar a cidade. Batman não combatia o crime somente por ser o socialmente correto a ser feito – na visão dele, o pai, que pretendia se candidatar a prefeito, precisava ter seu legado em andamento, mesmo que fosse de uma outra maneira. Era também uma forma dele lidar com o luto, esse que foi 100% representado pela total melancolia do personagem.

Já a Mulher Gato, interpretada pela maravilhosa Zoe Kravitz, e ao contrário das outras Mulheres Gatos, não é uma vilã. Podemos chamá-la aqui de anti-herói, talvez? Motivada pelo sumiço da amiga, Selina Kyle comeu o pão que o diabo amassou desde sempre, e luta para encontrar o responsável pelo sumiço de sua amiga. Ela não é só um personagem com apelo sexual escancarado, que sai lambendo a cara do Batman depois de uma briga no telhado – ela se conecta de verdade com o herói da história, mesmo que suas motivações caminhem de mãos dadas só até a página 2. 

Por último mas não menos importante, temos um Charada atual, que usa as mídias sociais para espalhar suas reais intenções: desmascarar a corrupção de Gothan. Longe do personagem caricato de Jim Carrey, Paul Dano teve a missão de criar uma personalidade completamente depressiva para Edward Nashton (vamos combinar que o ator foi uma ótima escolha). Mas falarei mais sobre isso em outro tópico.

Por fim, você encontrará em Batman uma construção muito mais caprichada de cada personagem, e uma descaracterização maravilhosa daquela atmosfera caricata que estamos acostumados a ver nos filmes (e série) anteriores.


2. A brilhante construção de história de Matt Reeves



Matt Reeves ganhou meu coração quando ele fez da última trilogia de Planeta dos Macacos uma revolução, já que Tim Burton deixou a desejar na versão de 2001. Ele sabe como trazer uma melancolia à história, criar uma empatia absurda no espectador, e transformar a fotografia de um filme em uma verdadeira obra de arte (será que a missão de Matt Reeves é realmente consertar as cagadas de Tim Burton no passado?).

Este tópico se liga muito ao anterior: criar uma história mais humanizada deu a impressão de que os personagens foram construídos de maneira mais caprichada. Você não vê o Batman chegando em uma cena de crime por pura intuição – ele foi conduzido à cena. O homem morcego apanha, precisa quebrar a cabeça para desvendar mistérios e encontrar envolvidos no crime. Ele é inteligente, mas também come bola. 

Something in the way, do Nirvana, foi escolhido a dedo para o filme porque era essa atmosfera que a narrativa precisava seguir, tanto para esta nova personalidade do Batman de Pattinson, como para o enredo em questão: uma inquietude silenciosa. Uma bomba escondida prestes a explodir. 


3. A trilha sonora


Vou fazer uma pequena lista com alguns poucos dos milhares de trabalhos de Michael Giacchino, responsável pela trilha sonora de Batman, só para você ter uma ideia do quão brilhante este aspirante a John Williams é:

  • Viva, a vida é uma festa
  • Jurassic World
  • Rogue One e Star Wars, o despertar da força
  • Jojo Rabbit
  • Up – Altas Aventuras
Sentiu? Pois é... eu senti.




4. Robert Pattinson se superando sempre



Já passou da hora das pessoas deixarem de lado o preconceito com Pattinson só porque ele fez o vampirão de Crepúsculo – o cara já se mostrou competente em diversos outros filmes antes de Batman. E no meu ponto de vista, um ator é bom não só pelo o que ele faz comumente, mas também pelo quanto ele se dedica para construir um personagem. Pattinson se dedicou arduamente para se tornar Bruce Wayne, desde treinar para aguentar melhor o tranco com todo aquele figurino pesado que ele carregou durante todo o filme, como também sessões e sessões de fono para encontrar o melhor tom de voz para o seu personagem.

Pattinson apresentou no filme um Bruce Wayne em transição. Aparentemente ele ainda era um jovem adulto, buscando respostas que Alfred, seu fiel escudeiro, também procurava desde a morte de seu pai. Todos ainda o viam como o jovem órfão – até mesmo porque as aparições de um dos maiores herdeiros de Gothan eram raras. E já que começaremos uma nova trilogia, me arrisco a dizer que este é o meu Batman preferido até agora.


5. Paul Dano é um monstro



Mesmo com personagens antagônicos ou coadjuvantes, para mim Paul Dano sempre se mostrou maior do que tudo o que ele já fez. E a comprovação disso veio para mim depois que assisti Vidas Selvagens, um longa que ele dirigiu (e muito bem). Quando anunciaram que ele seria o próximo Charada, já imaginei que o personagem seria diferente de tudo o que já foi mostrado anteriormente, e foi exatamente isso o que aconteceu. 

O charada de Paul Dano tem todas as características de Kurt Cobain (assim como Bruce Wayne, mas não me aprofundarei muito a esta semelhança para evitar spoilers), e mesmo que o Batman seja nosso personagem favorito durante todo o filme, chega num determinado momento que você se simpatiza também com o Charada. E quando finalmente o encontro entre o protagonista e o antagonista acontece, você nem respira – temos um duelo violento, mesmo que ele seja só verbal.


6. Colin Farrell irreconhecível como Pinguim



Se você não procura por notícias sobre quem fez afinal de contas o maldito Pinguim, você não reconhece o ator em nenhum momento. Apesar de pouco tempo de aparição durante o filme, Colin marca presença cativa em todos os poucos minutos que aparece. E para fazer justiça, é muito compreensível que o personagem ganhará uma série só dele na HBO Max.


Se você ainda não assistiu ao filme, esqueça tudo o que você viu antes nos longas anteriores – ele é incomparável com qualquer um deles, pois ele possui uma identidade única, e que marca uma nova característica do herói, diferente do caricato universo de Tim Burton, longe da figura playboy criada por Nolan, e honesta como os trabalhos de Matt Reeves. 

Batman ainda está em cartaz nas grandes salas, porém chegará na HBO Max em abril de 2022.

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