O Rouxinol, de Kristin Hannah


"França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.
Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.
Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.
Seguindo a trajetória dessas duas grandes mulheres e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas diárias longe do fronte.
Separadas pelas circunstâncias, divergentes em seus ideais e distanciadas por suas experiências, as duas irmãs têm um tortuoso destino em comum: proteger aqueles que amam em meio à devastação da guerra – e talvez pagar um preço inimaginável por seus atos de heroísmo."

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Eu enrolei muito para ler O Rouxinol. E não foi porque eu acreditava que ele era um livro ruim, mas porque eu sabia que precisaria estar bem para lê-lo e entender todas as nuances que Kristin Hannah desejaria que seu leitor encontrasse. Eu queria ler este livro com a cabeça boa, sem ter somente a experiência da emoção, sabe? Me recusei a iniciar a leitura durante os 4 primeiros meses de pandemia, e posso afirmar que foi a melhor coisa que fiz, mesmo com a panfletagem assídua de Juliana Esgalha e nossa tropa do grupo literário.

Primeiro porque O Rouxinol é uma história extremamente emocionante. Apesar de ser uma ficção, o cenário da Segunda Guerra Mundial é bem real. E por essas e outras que a apreensão com as personagens é uma constante. 

Este é o primeiro livro de Kristin Hannah que eu tenho contato, e posso dizer que entendo perfeitamente o porquê da senhora Esgalha ser tão apaixonada por esta autora - ela realmente é incrível! Kristin consegue ser muito precisa em sua escrita, narrando detalhes importantes para montar em sua cabeça o cenário que ela criou, mas sem tornar isso algo maçante. Ela sabe a dose certa - não peca pelo excesso, nem tão pouco pela falta. Há também uma extrema delicadeza em mostrar o sofrimento dos personagens, sem tornar isso algo penoso demais para o leitor. E com isso ela transforma a sua leitura em um misto de emoção com uma pitada de choque.

O Rouxinol não é uma obra para ler em uma tacada só. Costumo ler livros em 5 ou 7 dias no máximo, e este demorei 12 precisos dias para terminar, porque não é uma estória fácil. Precisei de algumas pausas para refletir o que tinha acabado de ler, ou para dar uma espairada, mas no fim o sentimento mais impactante é: como pode alguém causar tanta dor, uma guerra tão absurda e cruel, por um propósito tão egoísta?

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Temos duas heroínas a sua maneira na estória, e para mim, ficou muito visível que trata-se de personagens que mostram duas visões de quem viveu a guerra: enquanto Vienne pensa na situação micro, tentando salvar as pessoas a sua volta, tentando contornar todas as situações de maneira discreta para sobreviver, Isabelle tem a visão macro - de que só é possível dar fim à todo o sofrimento combatendo a própria guerra. No meu ponto de vista, ambas são tão importantes que suas diferenças se tornam muito necessárias para que tudo se encaixe. E por essas e outras que você se vê tão envolvido pela história sem fazer a menor força. 

Por fim, preciso agradecer a todo mundo que encheu a merda do meu saco para ler O Rouxinol naquele nosso grupo de Whatsapp - é realmente um livro muito necessário, principalmente para colocarmos em dia o nosso lado mais humano. 

Um comentário

  1. amiga, eu fiquei muito feliz pq da KH é a minha história preferida dela, acho que vc agora entende o que eu amo tanto essa autora e essa narrativa unica que ela tem né? obrigada por me aguentar todos esses meses enchendo seu saco ahahahahaha

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