Eleanor Rigby além da música dos Beatles


Eu costumo assistir muitos filmes. Vários por semana. Herdei isso da minha mãe. E meu maior remédio contra insônia é pegar a coberta, me aconchegar no sofá e dar o play em alguma história relaxante e/ou reflexiva. Mas não são todos que falo a respeito no blog, se não vira um site voltado só para cinema, rs.
O que me fez escrever sobre The Disappearance of Eleanor Rigby (porcamente traduzido para o português como Dois Lados do Amor) foi algo muito peculiar: quantos filmes você assistiu que mostra os dois lados de uma história?
O longa dirigido por Ned Benson não é só mais uma lorota de amor (por isso que odiei o nome dado no Brasil), e sim a forma como um casal lida com uma situação delicada no relacionamento. Uma perda dolorosa. E para fazer isso com maestria, foi necessário, de uma forma bem minuciosa e delicada, transformar uma história em três filmes: HIM, HER e THEM.
Sim, assisti três filmes que conta a mesma história. Comecei no dia dos namorados com HIM ( e só me dei conta que se tratava de três filmes quando reparei que as cenas que vi do trailer (her) não tinham no filme que eu tinha acabado de assistir), segui com HER e terminei com THEM. Se você não tem a menor paciência, assista o THEM. Ele irá resumir de maneira hollywoodiana a história de ambos, pronto e acabou. Mas se você é daquele(a) que ama destrinchar uma história, assista os três, mas comece pelo THEM, siga para o HIM e termine com o HER (esta ordem terá mais sentido pra você).
O HIM mostra o lado mais angustiante da história. Os dias desesperados de uma pessoa atrás de respostas. Alguém que não sabe onde enfiar o amor que sente, tudo isso lindamente protagonizado por James McAvoy. O HER tem a delicadeza da maravilhosa Jessica Chastain, e mostra o lado mais sensíveis e depressivo da trama. O THEM é a mistura de tudo isso.
E não posso deixar de contar também que há a presença ilustre e iluminada de Viola Davis, que também foi colega de elenco de Jessica em Histórias Cruzadas, e que a cada filme viro mais fã. Ela é meio que o centro gravitacional da protagonista, a que traz Eleanor de volta para a realidade, e dá aquele chute no traseiro que sempre precisamos para avançar na vida quando estamos na pior.
Sem mais delongas, peço humildemente: você que gosta de cinema, de uma boa história explicada nos mínimos detalhes, assita esse projeto. Garanto que você não vai se arrepender.

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