Espiando Tim Burton


Neste final de semana fui conhecer um pouco mais do lado louco desse cara por quem tenho uma admiração enorme desde Os Fantasmas se Divertem. O Mundo de Tim Burton traz um arsenal de artes criadas em telas, A4, cartolinas e até mesmo guardanapos do cineasta que traduzem um pouco a sua vida, desde a sua juventude, passando por estagiário da Disney até os seus dias de glória - uma ótima oportunidade para conhecer a mente desse cara tão brilhante.
Se você espera uma exposição que mostre detalhes de todas as produções de sucesso de Tim Burton, talvez se decepcione um pouco com este evento, pois somente uma porcentagem de suas obras vieram para o Brasil. Mas no meu humilde ponto de vista, é uma ótima maneira de conhecer a sua marca registrada, que pra muitos pode parecer sombrio, mas pra mim é muito mais caricato.


Logo na entrada da mostra é avisado que não é permitido filmar e nem fotografar (as fotos deste post são da divulgação do MIS), por exigência do autor e direitos autorais (mesmo assim sempre tem um banzé que faz selfie onde não deve, né? Tive o desprazer de flagrar um casal não respeitando as regras), mas registros da entrada e alguns detalhes ao lado de fora está liberado. Mas o que está liberado mesmo mesmo mesmíssimo é o uso do Spotify durante o passeio - uma playlist foi criada pelos criadores do evento para você viajar mais ainda no clima - e obviamente a sugestão é que você dê o play com os fones devidamente plugados no aparelho.


E por todo percurso você encontrará obras que representam - e podem até te causar - diversos sentimentos diferentes, que ao meu ver é tudo que Tim sentiu em sua infância/juventude entediante na cidadezinha de Burbank - CA, antes de tornar-se um dos diretores mais respeitados de Hollywood. Também verá esboços de projetos inacabados ou nunca executados, e protótipos e rascunhos de filmes mundialmente conhecidos.


Pra mim o ponto alto foi conhecer alguns dos books que Burton criou durante as gravações de seus filmes, e todos os envolvidos na obra foram presenteados ao final das gravações. O material é totalmente pessoal e nunca foi mostrado publicamente, e está exposto em tablets fixados em um gira gira em uma das salas.


E para quem for atrás de algum suvenir interessante para guardar de recordação, a decepção pode ser grande. Não sobrou muita coisa a não ser postais, camisetas, botons e alguns imas de geladeira, além de um guarda-chuva com o preço do meu rim.
Em suma, a mostra não tem o tamanho da exposição do Kubrick (você pode ver um pouco neste post aqui), mas possui um contexto extraordinário, suficiente para entender um pouco a mente de Tim Burton. E se você está com a grana curta ou não está conseguindo ingresso, a entrada às terças-feiras é gratuita. Só é necessário chegar cedo para garantir a entrada. 

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