Sara Richena: PhD Responde: Tô gravida, e agora?


Recentemente recebemos o seguinte email:

"Olá meninas. Tudo bem?
Me chamo Ana Carolina, tenho 23 anos e descobri que estou grávida. Como acompanho o blog sei que a Sarry passou pelo mesmo que eu e gostaria de saber como foi passar por isso nessa idade, pois estou um tanto quanto perdida. Sem problemas divulgar meu nome, mas sem o sobrenome, nem toda família sabe e algumas amigas também acompanham o PhD. Parabéns por tudo meninas. E agradeço desde já. Beijos."

Não posso generalizar, mas a maioria das mulheres, desde pequenas, nutrem o sonho de construir uma família com muitos filhos, ou com poucos, mas o sonho continua o mesmo. Comigo não foi diferente; tracei uma meta na minha vida: namorar, casar, aproveitar a vida de casada e depois começar a ter filhos, sim no plural pois quero três. Quando criança queria ter quatro como a minha mãe teve... acho que uma casa lotada de filhos é uma casa cheia de amor, mas como a gente depende de mais alguém para construir família e esse mais alguém acha essa conta alta demais, aceitei apenas três, mesmo ele ainda tentando abaixar essa conta para dois. Mas voltando a minha meta, que tracei com muito carinho e precisão, eu concluiria a faculdade em 2014, planejaria o casamento e quem sabe daqui umas duas copas eu seria mãe.
Mas como a vida não é vida sem pregar peças na gente, certo dia acordei com dores, um tipo de cólica. Achei que eram cólicas menstruais, mas não, a dor era porque meu útero estava tendo que "crescer", ou seja, estava grávida.
GRAVIDA? EU? Sim, na hora é um baque, amiga. Você tenta não acreditar, afinal ainda faltavam bons anos para aquilo realmente acontecer, mas como disse no começo: VIDA. E quando a minha ficha caiu de que tudo que planejei tinha virado poeira eu desabei, de verdade. Demorei um tempo para assimilar tudo e aceitar a minha nova condição de vida. Afinal eu ainda tinha 24 anos e muitas metas pela frente. Depois que o susto passa tudo fica mais fácil de entender e assimilar, depois começa aquela fase dos enjôos onde eu voltei a me desesperar mais um pouco. Mas calma, amiga, essa fase ´pode passar se você der sorte e não irá sentir nada. Mas como eu disse, depois que você consegue entender e aceita o que aconteceu tudo se torna mais fácil e tudo muda.
A fase da gravidez é mágica, você sente um amor sem explicação por uma pessoa que você nunca viu ou tocou, mas a sente todos os dias.


grande, gorda e inchada cinco dias antes de dar a luz


Garanto que quando você ouvir o coração do seu bebê bater pela primeira vez, o seu lado mãe irá se aflorar e viverá toda a magia que envolve esse momento. E quando sentir mexer? Você vai pirar... vai por mim.! Quando aconteceu comigo, as duas situações, chorei feito uma criança. 
Um fator muito importante para que tudo corra bem é ter o apoio da família, por isso é essencial confiar em todos a nossa voltar e contar a novidade. Claro que no começo um pai, uma mãe ou uma sogra podem torcer o nariz, mas não se abale, pois é apenas o impacto da noticia, da novidade e assim que o susto passar você vai ter os avós mais babões do mundo ao teu lado. Te garanto. E vai ser bom você ter alguém sempre para acompanhar no pré natal (fez toda a diferença do mundo pra mim), cada consulta era alguém diferente da família que dividia o momento comigo.


esq: Cecília com cinco dias. dir: Cecília atualmente com seis meses

Durante esses nove meses vai ser normal se esquecer de todos aqueles planos feitos um ano atrás, pois a chegada do bebê toma todo o nosso tempo. Aceite isso e se permita viver o momento. Mas não vá achando que assim que ele nascer você retomará a sua vida antiga. Eu jurava que iria perder todos aqueles quilos rapidamente, que a aparência voltaria ao normal em dias e que logo estaria retomando meus planos de antes. Grande engano, pois quando minha pequena nasceu ai sim o mundo passou a girar apenas em volta dela e até hoje, seis meses depois, é assim. Antes de qualquer coisa a prioridade é ela. 
Ter um filho é um giro de 380 em nossa vida e isso acaba se tornando algo natural, você se torna mãe aos poucos. Aquela menina de 23/24 anos não existe mais; ela vai dar lugar a uma mulher de 23/24 anos mais forte e com um amor incondicional dentro do peito. 
Quando você ver o rosto do seu bebê pela primeira vez, ainda que todo sujinho no pós parto, tudo, mas tudo mesmo irá valer a pena e a cada momento do crescimento dele irá fazer você ter a certeza de que nada aconteceu por acaso e de que o hoje é bem melhor do que tudo aquilo que você havia planejado


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