Soraia: Quando a realidade imita a ficção

George Romero foi um dos precursores da temática ainda na década de 1960, mas atualmente ele não é o único a explorar o assunto. Para qualquer canto que se olhe, eles estão lá, ora em páginas de livros, ora em séries televisivas, ora em jornais e sites. Jornais e sites? Sim, zumbis hoje são motivos de atos excêntricos e inusitados fora do ambiente ficcional. Um desses casos aconteceu na cidade de Leicester, na Inglaterra, há cerca de dois anos. Um cidadão escreveu uma carta endereçada à Prefeitura em que mencionava estar preocupado com a segurança da cidade no caso de uma epidemia de zumbis (confira a reportagem aqui). 



Ainda em 2011, um cidadão polonês construiu o que ficou conhecida como a primeira casa especificamente projetada para aguentar um ataque de zumbis (artigo publicado aqui). Nos Estados Unidos, a preocupação com uma construção segura levou uma pessoa a projetar uma casa que não apenas protegerá os residentes, como também, se adotada por outras pessoas da mesma cidade, pode ajudar a estabelecer um condomínio à prova de mortos-vivos (Artigo publicado neste link). O assunto já tem se tornado tão sério e pauta de tantas discussões, que uma universidade dos Estados Unidos preparou um curso sobre o tema. Sem falar, nos inúmeros artigos científicos sobre a probabilidade de acontecer uma epidemia zumbi e vírus que já se comportam como zumbis. Demais para você? Espere, ainda não viu nada. 

O norte-americano Max Brooks fez um dos livros mais inusitados e engraçados que já li: Guia de sobrevivência aos zumbis. Por meio dele, o autor explica quais são as melhores armas de defesa, como proteger sua casa, quais são os meios de transporte ideal, o que fazer para se defender, o que vestir etc no caso de uma invasão de mortos-vivos. Mas, se você não quer ler nada a respeito disso, há também um seminário feito pelo próprio autor que resume bem o que é tratado no livro e pode ser encontrado legendado neste link. Max Brooks vale a pena não apenas pela forma como ele trata o assunto, como também pelo fato de ser dele uma das adaptações mais esperadas para este ano: World War Z, estrelado por Brad Pitt e previsto para estrear em 28 de junho no Brasil. 

Você também leva a sério o movimento zumbi? Não deixe de acompanhar os eventos relacionados a ele. Um exemplo típico é o Zombie Walk, que acontece na cidade de São Paulo, no dia de finados (2 de novembro). Neste dia, centenas de pessoas se vestem de zumbis e vão caminhando por diversas ruas da capital paulista, em uma manifestação pacífica e repleta de fantasias inusitadas. O movimento surgiu em 2001 na Califórnia, e vem sendo realizada em São Paulo desde 2006. Foi uma das formas escolhidas pelos fãs de externar essa admiração mórbida e fascinante, que transcende livros e filmes, e hoje ganha as ruas e até mesmo pesquisas científicas. Enquanto o pesadelo não vira, de fato, realidade, vamos nos ater às viagens dos seres humanos em relação aos mortos-vivos.


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