Foi por amor que Hugo se mudou para Buenos Aires. Um amor que ele foi o último a ver desmoronar em um domingo cinzento na movimentada feira de San Telmo.
E foi também por amor que ele decidiu permanecer na capital de charmosos cantos decadentes: amor por Eduardo e Carolina, seus amigos, com quem pode contar incondicionalmente; amor por seu pai, que também decide mudar-se para a capital portenha, para ficar perto do filho; amor pela própria cidade, com suas lojas de antiguidades, pequenos bares, grandes cafés e aulas de tango na pracinha.
Em capítulos narrados a partir do ponto de vista de diferentes personagens, cada um ambientado em um local único de Buenos Aires, Fernando Scheller constrói uma história sensível e emocionante, mostrando que o amor importa, e ele está por toda parte.
Sinopse da editora
"A única razão para se desdenhar do amor é a ausência dele."
Decidi começar a leitura desse livro depois de te-lo encontrado no Kindle Unlimited como novidade. Ele já estava há um tempão na minha wishlist e foi uma grata surpresa encontrá-lo por lá, até mesmo porque estava no meio de uma outra leitura pesadíssima, que não estava me ajudando muito neste momento em que minha cabeça não anda lá aquelas coisas.
Dito isso, quero dizer que “O amor segundo Buenos Aires” é um santo remédio para dias ruins. A escrita do Fernando Scheller é deliciosa, fluída e de uma delicadeza ímpar. Aqui conhecemos a história de diferentes personagem, sob diversas perspectivas, já que cada um deles nos conta sua visão sobre um outro. Apesar disso, o personagem central é Hugo, um brasileiro que passa a viver em Buenos Aires depois que se mudou para acompanhar a então namorada Eleanor. O casal se separa, mas o amor de Hugo pela cidade prevalece, e é a partir daí que acompanhamos todas as histórias ordinárias de pessoas comuns, com vidas comuns, mas grandiosamente inspiradoras. Esta edição que li tem 5 capítulos adicionais, e já quero a versão física para compor meu seleto grupo de livros preferidos da minha estante.
Mas voltando à história... amo esse climinha de escrita estilo Sally Rooney, que fisga a gente através da grandiosidade da simplicidade. De como pequenos detalhes fazem a diferença. Da paixão difícil ou viceral. Dos desafetos que fortalecem, do acolhimento que consola, que não nos deixa desistir. É muito gostoso ler história de pessoas não reais, mas que soam reais demais. E Fernando Scheller fez isso com maestria neste livro.
Ansiosa para ler "Gostaria que você estivesse aqui", do mesmo autor.
"Só quem ama dá atenção aos pequenos detalhes, encontra valor e significado no outro."
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