Aquilo que nunca soube, de Luciana de Gnone

 


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Sinopse da editora:


"Por que Sara me deixou?"

Abandonada pela mãe aos seis anos de idade, Duda Castelo Branco foi criada como uma fortaleza pelo pai, que a prepara para assumir a direção executiva da Joalheria Schatz, empresa fundada pelos seus antepassados.

Acreditando ser uma mulher equilibrada e segura, seu destino lhe impõe uma reviravolta drástica na vida, quando o seu pai, José Eduardo, sofre um acidente de helicóptero, deixando-o entre a vida e a morte.

Enquanto acompanha seu pai na luta pela sobrevivência, Duda tem a chance de descobrir os motivos que levaram sua mãe a abandoná-la. Assim, ela mergulha em uma investigação pessoal, escutando os diários de Sara gravados três décadas antes em 12 fitas cassetes. O que ela não sabe, contudo, é que talvez não esteja preparada para enfrentar a verdade.

Uma obra investigativa que lança luz à prática cruel da alienação parental, ao mesmo tempo em que aborda temas complexos como abandono, violência psicológica, relacionamento abusivo e capacitismo. O livro ainda resgata laços familiares e provoca reflexões sobre questões que desafiam a sociedade contemporânea.

"Alienação parental é a programação da criança para odiar o outro genitor, implantando falsas memórias sobre ele ou desqualificando-o, até que a própria criança passe a repudiá-lo."

Vi um influencer literário que gosto muito falando muito bem deste livro, e o fato dele estar disponível no Kindle Unlimited me fez acelerar a leitura. E a história em si é ótima, abordando temas importantes que devem ser debatidos, como alienação parental, violência psicológica, e principalmente inclusão, mas honestamente eu senti que tudo isso foi jogado no nosso colo, sem um certo desenvolvimento dos/entre os personagens, deixando a leitura mais, digamos, fria, mesmo sendo fluída.

Essa fluidez fica tanto por conta da narrativa direta como da trama ser bastante envolvente. Se você gosta de uma leitura nessas medidas e não se importa muito em manter ou não uma conexão entre os personagens, creio eu que o livro vai te agradar. Mas senti muita vontade de experimentar mais dos sentimentos de Maria Eduarda enquanto a personagem ia descobrindo em doses homeopáticas quem de fato era a sua mãe e como o seu pai teve grande influência negativa para que a sua memória afetiva fosse tão avessa à Sara. A história por ser boa, merecia uma atenção maior quanto ao psicológico da protagonista, para enriquecer ainda mais a narrativa em primeira pessoa.

"O ser humano tem uma capacidade surpreendente de transformar mágoas e ressentimentos em uma relação detestável."

Um outro personagem que senti uma falta enorme de ser melhor desenvolvido foi o Guilherme. Por ele ser alguém que trouxe bastante clareza para Maria Eduarda, houveram momentos ali que, por falta de detalhes mais aprofundados, ele mais parecia um vidente do que alguém que realmente enxergava acontecimentos que ela não percebia por conta da alienação parental. E pela ausência da apresentação de fatos que o levava a chegar as tais conclusões, tudo mais parecia um achismo do personagem do que uma realidade provada. Achei completamente apressado Guilherme já ter concluído tudo isso ouvindo somente duas das 12 fitas gravadas por Sara.

Nota 6/10.

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