O coração pós estreia da sétima temporada de TWD


ESTA PARTE DO TEXTO NÃO CONTÉM SPOILERS

Doído. Esta é a real situação do meu coração depois do episódio de ontem. E devo dizer que nunca fiquei tão chocada, sentida, abatida, abalada e com cara de fuínha depois de assistir uma série ou filme. E acho que todo mundo que acompanha assiduamente The Walking Dead desde o começo compartilha pelo menos alguns dos inúmeros sentimentos que adquiri também. Se não todos ou mais.

O que percebi ontem foi um teste do coração para os verdadeiros fãs da saga. Aqueles que entendem que TWD é uma história que não foca nos zumbis, e sim no comportamento humano pós apocalipse. Que um mundo no qual as pessoas lutam para sobreviver depois de uma epidemia devastadora há medo, preocupação, desespero e esperança, mas ainda sim cada um tem sua história, sentimentos, qualidades e defeitos como obviamente todo mundo tem. Os personagens são humanizados, apegados, e claro que depois de um certo tempo, os zumbis se tornaram um mero detalhe em meio à diferenças dos sobreviventes, que vivem em grupos, bandos e porque não, gangues, cada um encarando a realidade à sua maneira. 

E acho que por isso que muita gente desistiu da série. Porque procurava uma história somente de fugas de zumbis sedentos por comer tripas e miolos. Mas concordam comigo que não teria história suficiente para tantas temporadas se fosse só isso? Então, o teste para o coração dos fãs no episódio de estreia da sétima temporada, para mim, é algo que os fãs de Game of Thrones passam a cada episódio: o lance do desapego. Ver um personagem morrer que pode estar na sua lista de preferidos realmente não é fácil, e fãs de GoT: admiro muito vocês por isso!

Se você um dia começou a assistir TWD e desistiu, faço aqui um apelo: por favor, dê mais chances. Tente olhar a história por outro ângulo, com aquela visão que você mesmo teria se passasse por uma situação semelhante. Que antes de sobreviventes, os personagens também falam, sentem, pensam e se transformam com as consequências das situações. Que sim, haverá diálogos muitas vezes cansativos (para o horário que a série é transmitida principalmente, rs), mas que todos eles são de suma importância para o desenvolvimento da história. E a situação que o tão temido Negan e seu bando criou é um divisor de águas da trama, no qual muita coisa a partir disso terá que acontecer para esta atitude ser vingada. E venhamos e convenhamos... você consegue imaginar qual será o desfecho desta série? Eu não consigo!

ESTA PARTE DO TEXTO CONTÉM SPOILERS

Se você assistiu ao episódio em questão e quer ver se a nossa opinião é a mesma, continue daqui a vontade. Mas caso você não tenha visto e não gosta de spoilers, este é o meu último aviso, ok? Portanto, não me responsabilizo daqui por diante, rs.

Eu não sou o tipo de pessoa que aguenta assistir algo sem dar uma pesquisada antes, principalmente quando se trata de uma série que terá um desfecho somente depois de um longo hiato. Então eu já assisti sabendo que teria dois abates de personagens, e também já especulava quais seriam (se não, meu amor... meu miocárdio "dá ruim").  Já tinha visto quais eram os dois atores que não tinham mais aparecido nas gravações da série, e com isso, fui me preparando para me despedir de Glenn. 
O Abrahan também era um personagem que eu curtia bastante, mas não tanto quanto o Glenn, um dos poucos que sobreviveram da primeira temporada, e por quem cultivei admiração por conta da história ao longo dos anos. E claro, porque o cara ia ser pai. Quando sumiram com ele na sexta temporada, imaginei que aquilo fosse um termômetro dos produtores para sentir como o público aceitaria a morte de Glenn quando Negan e Lucille entrasse em cena. E pelo jeito eles amaram a repercussão.
Negan é um vilão que amaremos odiar, certamente. Um personagem que não se deixa intimidar, e que também não tira o sorriso do rosto nem quando sua vítima o manda chupar suas bolas. Um sujeito sarcástico que faz guerra de nervos e jogo psicológico e desmonta até o mais durão dos líderes (no caso, Rick). Também não podemos tirar o mérito de Jeffrey Dean Morgan, que ao meu ver, finalmente terá o destaque e reconhecimento que tanto merece como ator. Andrew Lincoln também deu um show de atuação, e com certeza as suas reações me arrancaram lágrimas por alguns momentos, principalmente quando ele se vê obrigado à cortar a mão do próprio filho para salvar o grupo. Acho que já está na hora de dar um prêmio para este homem, não?!
E sobre Glenn... quando Negan faz um de seus sarcásticos discursos ao lado dele, já imaginava o que aconteceria. E foi bem chocante pra mim, na mesma proporção da violência em si. Chorei, chorei e chorei como se eu não soubesse que tudo aquilo aconteceria (sou do signo de câncer, me deixa), mas também não posso deixar de elogiar a fidelidade da cena em relação à HQ. Mas eu ainda estava confiante que tudo o que eu tinha pesquisado era somente um jogo de marketing (eu sempre me apego à esta teoria - e nunca é, rs). Queria ver Glenn assistindo o nascimento do filho e criando o moleque junto à Maggie em Hilltop e repensando na vida como entregador de pizza, rs. Mas tudo bem, assim como os fãs de GoT, eu também superarei essa grande perda.
Para finalizar, vocês virão que espalharam que a produção gravou várias mortes para despistar os curiosos? Não era bem isso, né? Rick pensou como cada um deles seriam mortos e este pensamento tornou-se flashes que pudemos acompanhar. 
Enfim, que venha o segundo episódio para dar uma acalmada no coração, né? Pois ainda estou em choque. Tive que assistir uma comédia romântica antes de dormir, se não eu não ia dar conta. Tô aqui com a mesma cara do Glenn antes de tomar a primeira paulada. E sinceramente, não é um episódio que eu conseguiria assistir uma segunda vez.

PS: Vocês notaram a despedida de Abraham à Sasha? Os dois dedinhos erguidos antes da primeira pancada, como ele sempre fazia para ela?


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