A verdade sobre os relacionamentos imperfeitos



A história é a mesma para todos. Quando nos apaixonamos por alguém, parece que tudo é perfeito demais para ser verdade. A pessoa faz mil e uma coisas para te conquistar, você idem, e a certeza que é com ela que você vai envelhecer ao lado só aumenta a cada dia. Existe paixão, empatia, saudade, gentileza, afinidade... tudo tão encaixado, que até parece que ambos foram feitos na mesma forminha.  O sexo é incrível, o assunto nunca acaba, vocês criam uma cumplicidade digna de filme hollywoodiano... até que a intimidade chega. Rola os primeiros desentendimentos, seguidos de DRs tensas, os defeitos começam a aflorar, a gentileza acaba e tudo o que parecia perfeito, começa a desmoronar.
Isso passa a parecer problemático quando nos damos conta que todo relacionamento que temos é assim. Ou pelo menos metade disso. E desculpe se vou jogar um balde de água fria em você, mas relacionamentos realmente não são perfeitos. Mas isso não quer dizer que eles não são bons.
Na verdade, tudo é uma questão de maturidade e resiliência. Quando nos relacionamentos com outras pessoas, sejam elas amantes ou amigos, temos que ter a consciência de que pessoas são imperfeitas, inclusive nós mesmos. E essa consciência faz toda a diferença quando a intimidade chega e aquela lua de mel que parecia infinita acaba, porque isso não quer dizer que vocês devam terminar. 
Conheço muitas pessoas que nem dão chances ao relacionamento quando a paixão esfria. Muitas vezes a paixão sai de cena justamente para dar espaço para o amor crescer, e o que antes parecia ser uma sintonia carnal, pode muito bem tornar-se algo de corpo, alma e coração. E quando isso acontece, elas já não tem mais paciência para semear o sentimento bom porque tudo não estava saindo como planejado. A pessoa não era exatamente "o que você queria". Mas quem disse que para ser bom, precisa ser exatamente como queremos e/ou planejamos?
As vezes as chances também não são dadas em relacionamentos mais sérios, como em um casamento, por exemplo. O convívio com o outro é um fator de muito peso no desgaste de um relacionamento. É aí que entra algo primordial para isso dar certo, chamado PACIÊNCIA, em que ambos, em nome do amor, precisam mostrar as peças de seus respectivos quebra-cabeças para um conseguir se encaixar no outro da melhor maneira possível. E isso é um trabalho para dois, e não um só.
E antes de qualquer coisa, o casal precisa ter respeito e acreditar nos reais sentimentos para fazer o barco andar, e entender que problemas surgirão, brigas também, e que maturidade nessas horas é bom e todo mundo gosta. Que implicância, falta de tato para falar, vingancinhas e atitudes um pouco mais babacas, como diminuir o outro, mentir, humilhar, bater e trair não fazem parte do plano chamado vida à dois. Em grande parte das vezes conseguimos ser claros e precisos quando sabemos conversar, e não impor o que acreditamos ou queremos. É sempre muito bom se colocar no outro e agir como gostaríamos que agissem com a gente.
E no final das contas, relacionamentos são até perfeitos, diante de nossas imperfeições. Eles se tornam perfeitos quando temos consciência de todos os obstáculos que enfrentaremos, mas que isso não será motivo para o amor diminuir. O relacionamento se torna perfeito quando temos certeza que independentemente da DR de ontem, hoje vocês ainda acordarão na mesma cama e que o outro nunca soltará da sua mão. A perfeição nessas horas tem muito mais a ver com certezas do que com a ausência de defeitos. E se isso está presente no seu coração, porque não dar a chance para alguém que já te fez sorrir feito boba(o) só de lembrar da existência no meio de um dia ruim de trabalho?



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