Gita: Crônica - A verdadeira educação brasileira-masculina no trânsito...




O que que os Beatles tem a ver com isso? Nada gente, mas consegui sua atenção né? O assunto é banal, porém quem sabe se os nossos queridões ajudassem a divulgar a situação do trânsito brasileiro, a coisa melhorava né? Ok, vou deixar de falar besteira e fica a dica do assunto... Vim contar um "causo" - E a ideia é relembrar em tempos de política, que educação cabe em qualquer lugar, inclusive no trânsito... E só pra fazer jus a minha pessoa, ser feminista e questionar a educação (exclusiva) masculina...

Eu tinha que contar... Faz tempo que queria um pretexto para difamar a falta de educação masculina, ao volante, quando o assunto é travessia de pedestre. Em dois episódios controversos, a moral continua sendo a mesma, ser gentil é questão de educação e não esperteza.

Outro dia, ao atravessar a rua (sem farol) de mão dupla, não foi necessário cinco segundos para que dois veículos parassem e eu, atravessasse. Contando assim, tão resumidamente, parece normal. Na verdade, se estivesse na Europa, Ásia, por exemplo, seria exatamente assim... Porque nestes países onde a cultura é completamente diferente a nossa nos termos de trânsito, a preferência sempre é do transeunte. Mas... estou no Brasil e os detalhes deste episódio foram assim:

Fui tentar atravessar a rua (sem farol e duas vias), e antes que tivesse de esperar, do lado esquerdo da pista, uma pick up Troller parava ao mesmo tempo em que outro carro de porte similar na outra pista. Vi aos respectivos volantes dois homens, obviamente desacompanhados, e com indiscreta educação, pediram que eu passasse. Pois bem, passei e na calçada uma pessoa que atravessava ao sentido contrário pareceu-me consternada e a afirmação veio com os comentários do vizinho mecânico, que assistiu toda a cena.

O comentário sem mínima educação tinha a coerente explicação de que, só mulher bonita, tinha a regalia por tal compostura dos dois motoristas. Mas, como o que disse sobre a cultura dos europeus ou asiáticos versus brasileiros, essa conclusão do vizinho e da pedestre consternada, é que brasileiro usa da sacanagem para dizer que tem educação e não simplesmente, uma mera travessia. Eu concordo e não concordo com ambos, porque:

Não concordo porque estarei pensando como a versão brasileira da situação. Até mesmo para contar, vê-se claramente que quando falei na informalidade, o caso pareceu neutro. Quando revelei detalhes que para meus princípios são irrelevantes, a história inverteu-se contra mim! Porque de transeunte me tornei a exibida, metida, além da pedestre preferencial para todos na ironia...

E concordo, porque no dia seguinte desta situação, outra similar aconteceu. Novamente fui tentar atravessar a rua (sem farol, mas de mão única), o automóvel com motorista masculino parou. Pediu que passasse e passei! Como da outra vez, não agradeci! Logo o motorista esbravejou que eu era bonita e sem educação. Então a minha resposta foi a frase que concorda com a conclusão daqueles dois. Eu disse que o mal educado era ele, que só parou para olhar pelas costas o que já estava admirando pela frente, e que obviamente não tinha obrigação de agradecer por ele estar fazendo da educação motivo de sacanagem...

A minha conclusão é... Qualquer outra pessoa atravessaria, independente da situação. Se fosse na versão européia, asiática, até mesmo na Antarctica, qualquer uma das duas situações teria a menor probabilidade de ser uma cantada muda e barata. Quando um carro pára, prefiro acreditar que a educação está em primeiro lugar e claro, que se há intenções além desta, só me interessa a discrição. E pelo que sei, discrição também é outra forma de definir educação.

A verdadeira estatística deste conto é... 03 motoristas espertos, 02 observadores neutros e 01 pedestre conveniente. Alguém sugere onde está a educação? Pois bem... Se levar em consideração somente os números desta estatística, estarei sendo informal. Se considerar os atributos de cada um, estaria fazendo da ocasião uma fatalidade.

A verdadeira educação ainda continua com os europeus. A nossa cultura só sabe dar estrelato ao fato de que é famosa a cortesia do homem brasileiro, ao pedestre feminino...

Tá pensando que só no Programa Encontro falamos de amenidades? Não senhora e senhoras, tem dia que aqui no PhD somos que nem Fátima Bernardes! E você? tem algum "causo" engraçado porém de moral duvidosa pra nos contar? Então curta, compartilhe, vamos falar a respeito! Até a próxima semana pessoal!



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